quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Anjos caídos e um final muito rápido.


Hoje venho escrever sobre a saga "Hush Hush", da autora Becca Fitzpatrick. Comecei o primeiro livro desta série há mais de um ano, por simples acaso. Minha irmã havia comprado o primeiro volume em inglês e, como me apaixonei pela capa, logo me interessei e comecei a ler.

Devorei os dois primeiros livros em menos de uma semana, mas logo em seguida, com o terceiro livro, comecei a me cansar um pouco destes personagens. Terminei "Silêncio" e só agora resolvi dar uma chance ao último volume da saga - "Finale".

Farei aqui breves comentários sobre o que achei da história como um todo e o que senti com alguns personagens. Portanto, antes que você continue sua leitura aviso que farei "SPOILERS", coisa incomum no blog, mas que achei necessária para um final de saga, e que talvez você não concorde com o que eu disser. Vamos lá!

Primeiramente quero comentar a respeito da personagem Nora Grey. Vocês já devem ter notado que muitas vezes me irrito com algumas "mocinhas" e com ela não foi diferente. Eu compreendo que ela se sinta magnetizada ao lado de Patch, afinal não é sempre que se tem a oportunidade de namorar um anjo caído, lindo, perfeito e poderoso como este. Mas acho ela um pouco louca para ser bem sincera.

Ela é tão alucinada por Patch que todo o resto a sua volta fica em segundo plano. E daí que existe uma guerra entre duas raças e que ela e sua mãe estão no meio disto? O importante é que no final ela consiga estar com o cara que ela ama! Claro, todos queremos viver intensamente um grande amor como este, mas eu sou da política que tudo tem que ter parcimônia. Se você resumir sua vida à existência de outra pessoa você está se anulando, e acho que a Nora é um pouco psicótica com esse relacionamento. 

Ainda nesta linha, eu acho que a autora convenientemente facilitou a vida de Nora quando ela precisava sair escondida, encontrar o namorado que a mãe odiava e, por fim, viver mil situações de perigo durante a série inteira. No último livro a protagonista fica de castigo quando sua mãe a pega aos beijos e amassos com o namorado no banheiro da fazenda onde moram. Uns capítulos depois ela já está inventando que iria dormir na casa da melhor amiga - Vee - durante todo o final de semana, e a mãe esquece o fato anterior. Coerência faz bem.

E como assim nos quarenta e cinco minutos do segundo tempo a autora decide que a Vee é nephil? Muito conveniente também.  Ainda por cima me fez o favor de matar o Scott! Para que fazer isso gente? Frustração é a palavra certa para o que senti. Acho que ela tentou minimizar a história toda com  o casamento no final, mas para mim não "colou".

Também fiquei com a sensação de que a autora correu com o final da história. Eu esperava uma coisa mais épica daquela que li, e achei que tudo se resolveu de forma assustadoramente rápida para um final de saga. Acredito que meu mal seja a minha querida J. K. Rowling, pois para mim, até hoje, não existe um final tão perfeitamente encaixado como em "Harry Potter e as Relíquias da Morte". Sempre fico esperando algo empolgante nas minhas leituras de sagas e me decepciono. Espero que alguém se identifique com isto! Mas há exceções, de fato.

Por fim achei que o final dado a personagem Marcie foi horrível. Não consegui entender muito bem como as coisas chegaram ao ponto que chegaram. Como ela ficou sabendo das penas, achou o parque Delphic, o estúdio de Patch e estava lá entre as labaredas, do nada. Desaparatou certamente (ok, chega de HP - risos). Depois a autora só coloca uma pequena linha dizendo a garota morreu, até fiquei com dó dela, sério.

De qualquer forma, e apesar de tudo o que eu disse, sentirei uma pontinha de saudades de Nora e Patch. Principalmente daquele brilho de mistério em torno dele. Aliás, eu adivinhei uma parte do final da história, aquela em que Patch ganha o sentido do tato. Só não imaginei que o policial pirado da série toda fosse um arcanjo (convenientemente encaixado como tal no final).

Eu recomendo sim a leitura da saga, apesar dos pesares, caso você esteja se perguntando isto. Espero que tenham gostado desta postagem de hoje!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Um tênis em 1830.

Fazia muito tempo que eu estava interessada em ler este livro. Não só pela sinopse, que é quando sou conquistada, mas por ser muito bem avaliado e, ainda, escrito por uma autora brasileira.

Se você já teve a oportunidade de ler "A Viajante do Tempo", da autora Diana Gabaldon, e gostou muito, vai se identificar totalmente com Sofia, a protagonista de "Perdida", escrito por Carina Rissi.

A história se passa no ano de 2010. Sofia perdeu os pais em um acidente de carro há cinco anos e desde então se esforça todos os dias em seu trabalho chato para pagar suas contas e seu aluguel. Sua vida se resume ao escritório e as esporádicas saídas com sua grande amiga Nina. Sem contar que ela adora ouvir músicas em seu celular e ler repetidamente o mesmo livro quando precisa espairecer, um da autora Jane Austen.

Em uma de suas saídas com Nina, e namorado da amiga - Rafa, Sofia acaba bebendo muito, deixando seu celular cair na privada e acordando com uma enxaqueca horrível no dia seguinte. Pior ainda é a falta que o celular faz em sua vida. 

Sem pestanejar, ela coloca uma regata branca, uma saia jeans, calça seu all-star vermelho e se dirige para a loja de celulares mais próxima, perto de uma pracinha. Estranhamente, parece que as pessoas não resolveram sair de casa naquele dia, mas o que mais importava a ela era conseguir um novo aparelho celular, o mais moderno possível.

Sofia entra na loja e encontra uma vendedora mais velha. A senhora acaba tirando de uma das gavetas de um balcão uma caixa com um celular que ela jura ser o mais moderno possível para Sofia, ou melhor, ele é exatamente o que ela precisa. Depois de pagar pelo aparelho, e de estranhar a senhora ter feito cara de "pena" para ela ao vender o celular, nossa protagonista da vez vai testar o seu novo "brinquedinho".

É então que ela percebe que o aparelho simplesmente não funciona, que foi enganada pela senhora da loja. Com fúria nas veias ela decide pegar seu dinheiro de volta e começa a retornar para a loja, mas no meio da pracinha tinha uma pedra no meio do caminho. Depois de tropeçar na pedra, e cair de cara no chão, o celular resolve ganhar vida e um clarão enorme cega Sofia por uns instantes.

O problema é que quando a luz ofuscante cessa não há mais pracinha, muito menos a loja, menos ainda a cidade. Existe somente uma estrada de terra de chão batido e Sofia desconfia que a batida que recebeu na cabeça, da tropeçada na pedra, deve ter sido violenta demais.

Não bastasse a confusão, ela logo vê um homem montado em um cavalo, com roupas parecidas com o século XIX. O homem - Ian Clarke - desce do cavalo para ajudá-la e com apenas alguns minutos de conversa ela fica horrorizada, pois percebe que de fato está no século XIX, mais precisamente em 1830. Ian também está perturbado, pois não é adequado a uma jovem solteira andar pelas ruas seminua. Sim, pois naquela época mostrar as pernas era algo extremamente escandaloso. E é nessa confusão que a história de Sofia é contada pela autora. 

Eu amei o livro, de verdade. Dei boas risadas e o terminei em apenas um dia. Devorei cada página louca para saber o que aconteceria dali em diante. Recomendo imensamente para todos aqueles que gostam de um bom romance, com direito a viagem no tempo e muitas confusões.

domingo, 16 de novembro de 2014

Traga o seu cobertor.

Se você sempre foi fã da famosa saga Crepúsculo, mas sua adoração pendia para o lado dos lobisomens, eis aqui um livro com o qual você vai se deliciar. A resenha de hoje é sobre "Calafrio", escrito por Maggie Stiefvater.

O primeiro volume desta saga conta a história de Grace e Sam, sendo que os capítulos variam entre a perspectiva dos dois personagens.

Grace é uma garota cursando o ensino médio. Mora com os pais que mal dão atenção a ela e vive em seus devaneios acerca dos lobos de Mercy Falls, cidade fictícia do livro. Sua casa fica próxima a floresta onde tais criaturas perambulam dia e noite.

O fascínio de Grace sobre os lobos se inicia ainda quando criança. Aos nove anos de idade ela fora arrancada de seu balanço por um dos membros da alcateia, arranhada e mordida severamente, e só não morreu pois um belo lobo de olhos amarelos decidiu preservar sua vida, evitando um final trágico para este episódio.

Desde então Grace não consegue tirar o lobo de olhos amarelos de sua cabeça, esperando pelo seu aparecimento todos os dias do ano. Quanto mais frio, mais provável que seu lobo resolva "dar as caras" perto de sua casa.

Em um determinado dia, Grace e seus colegas de classe recebem a notícia de que um dos alunos da escola foi morto na floresta pelos lobos. Após o medo se alastrar pela cidade devido aos fatos, a polícia, juntamente com alguns voluntários, decide ir à floresta caçar os lobos, até que o último deles seja extinto da cidade. Nossa protagonista fica desesperada e decide ir até o local da operação policial impedir que isto aconteça, pois só a possibilidade de perder seu querido lobo a aterrorizava.

Após um tiro disparado, Grace inventa uma história de que Olívia, uma de suas amigas, estaria na floresta tirando fotos sem saber da operação e que ela poderia estar no meio do fogo cruzado. Com o problema temporariamente resolvido, Grace decide voltar para casa sem jamais imaginar que na sua porta ela encontraria um garoto com um ferimento a bala.

É claro que ela decide ajudá-lo, mas não sem antes notar que ele está completamente sem roupa, tremendo de frio e que possui lindos olhos amarelos. É aí que entra Sam, que precisa da ajuda de Grace e acaba ficando em sua casa escondido dos pais da menina (não me pergunte como). Grace logo nota que não existe nada de comum neste garoto, e que seus mais íntimos devaneios acerca de seu amado lobo estão se tornando realidade.

Eu terminei o livro relativamente rápido, mas confesso que durante muitas páginas eu quase perdi a vontade de continuar. Achei que a história evoluiu muito rápido entre os personagens principais, mesmo sabendo de todo o contexto explicando a situação. Só comecei a me interessar de verdade nos capítulos finais, o que me fez ter vontade de saber como a história irá se desenrolar. Eu acho (risos).

De maneira geral não é um livro ruim, só não me cativou como tantos outros que tenho lido ultimamente. Espero que o segundo volume me traga uma experiência melhor, desenvolvendo a história em um ritmo mais cativante.

Por enquanto vou ficando por aqui. Voltem sempre!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A cada carta lida, um choro segurado.

Hoje vamos começar o dia com a resenha de um dos livros mais lindos e sensíveis com que pude me deparar nos últimos anos.

A autora Ava Dellaira soube retratar e emocionar os felizardos leitores de "Cartas de Amor aos Mortos", nos inserindo no universo de Laurel que, infelizmente, tão nova precisou carregar o peso de perder a irmã mais velha.

É extremamente angustiante imaginar-se passar por uma situação como esta. Ninguém jamais deseja que a vida lhe puxe o tapete e coloque o carro na frente dos bois, permitindo que a ordem natural das coisas seja quebrada.

Acho que o sentimento de perda, para todos, não é maior ou menor pela experiência de vida que possuímos. A dor é vivenciada por cada um de maneiras diferentes, isto é verdade, mas sua intensidade é determinada pelo carinho e envolvimento com aqueles que nos deixaram.

Isto resume a falta que Laurel sente de sua irmã, considerada pela protagonista desta bela história como uma heroína, capaz de transformar seu mundo de criança em um incansável conto de fadas. Para Laurel a irmã era uma fada, com grandes asas, capaz de fazer feitiços e encantamentos para resolver todos os problemas.

Por trás deste mundo de ilusão, as meninas enfrentavam a separação dos pais e a irmã de Laurel entrava em sua adolescência, cercada de novas experiências que nem todas as vezes podiam ser compartilhadas com sua irmã caçula.

Determinada a fazer parte de cada coisa que envolvesse a irmã, Laurel se agarra a qualquer oportunidade de estar perto dela, escondendo juntas segredos impensáveis de seus pais recém divorciados. Os segredos incluem o envolvimento de sua irmã com um homem mais velho, que era mascarado pelas duas com a desculpa de que todas as sextas-feiras iam ao cinema juntas.

O falecimento da irmã de Laurel ocorre em um destes momentos quando, arrebatada por uma revelação inesperada, o vento a leva para longe deste mundo, provocando a ira de Laurel e o seu desespero, narrado ao longo deste livro.

Para tentar superar os acontecimentos, Laurel muda de escola e tenta assumir a identidade da irmã, considerada por ela a perfeição na terra. Ao longo do ano letivo ela faz grandes amigas e amigos e percebe que cada um possui problemas diferentes, mas não menos merecedores de atenção. A diferença está na maneira como cada um resolve encarar um momento difícil na vida, e eles serão a chave para quebrar o silêncio de Laurel sobre tudo o que ocorreu naquela trágica sexta-feira.

Além de seus colegas e uma inesperada paixão, a reviravolta na vida de Laurel só é possível pois a cada dia e fato novo ela se dispõe a escrever uma carta a grandes personagens como Kurt Cobain, Amy Winehouse, dentre outros, que não estão mais entre nós por diversos motivos.

É um livro de arrebatar corações e certamente você também ficará tocado com essa história. Espero que tenham gostado e voltem sempre!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Corra! E não olhe para trás.

Depois de tanto tempo sem uma postagem no blog eis que apareço trazendo uma resenha sobre um livro de tirar o fôlego. 

Maze Runner, do autor James Dashner, não é uma leitura aconselhável aos claustrofóbicos. Digo isso pois, apesar da grandeza da Clareira - apelido carinhoso dado pelos garotos enclausurados neste lugar estranho - a sensação de aprisionamento é um tanto quanto torturante de se imaginar.

Estou indo rápido demais? Sim, eu sei, me desculpe, mas como o próprio livro diz: aqui a regra é correr ou morrer, não fique para trás.

O primeiro volume desta famosa saga, que já teve direito a um filme que ainda não saiu das telonas, conta em terceira pessoa a história vivida por Thomas, ou pelo menos ele acredita que este seja o seu nome. O garoto, com a provável idade de 16 anos, não se lembra de nada de sua vida antes de ser lançado elevador acima para a nefasta experiência de viver cercado por um Labirinto.

Ao chegar na Clareira, Thomas descobre uma comunidade no coração do Labirinto habitada unicamente por garotos, com regras de convivência rígidas em prol da sobrevivência de todos. A primeira regra você deve imaginar: não entre no labirinto, a não ser que você seja um Corredor - encarregado de mapear o local ("Pernas pra que te quero!").

Todos os dias o Labirinto mostra que tem vida própria. Os Corredores devem vasculhá-lo durante o dia e regressar antes que suas portas se fechem, de noite, pois para aqueles que ficam além das muralhas só resta uma única certeza: jamais farão outra corrida.

Como se isto não parecesse ruim o suficiente, o Labirinto é povoado por criaturas horrendas - metade máquinas, metade animais - apelidadas de Verdugos, com agulhas e pinças para picar e matar aqueles que aparecem no seu caminho. Quem é picado precisa tomar o Soro da Dor, passar por uma terrível fase de transformação, e ganhar com isto algumas poucas lembranças de sua vida pregressa.

Mesmo na esquisitice toda do lugar é possível observar um padrão. Os Criadores deste lugar enviam uma vez por mês um novo garoto para se juntar aos demais, e uma vez por semana suprimentos para que estes possam manter-se vivos.

Logo após a chegada de Thomas, as coisas viram de pernas para o ar. Dois dias depois de sua aparição a Caixa que os traz para dentro da Clareira ganha vida, revelando um novo membro fora de hora para essa comunidade. O problema é que se trata de uma garota com um bilhete: "Ela é a última".

Outro detalhe é o fato de que os suprimentos param de ser enviados aos meninos, e o suposto sol que mantinha suas plantações vivas desaparece, deixando uma claridade estranha e incapaz de florescer qualquer coisa.

Está achando ruim? Ok. O que seria pior do que as portas do Labirinto se fechando todas as noites impedindo que você saia de lá? Imagine se elas nunca mais se fechassem, deixando você e os Verdugos para conviver na Clareira.

A história de Maze Runner é um livro certo na estante de quem adora distopias e ficções científicas e olha que eu não contei nem metade das coisas com que me deparei no livro, para não perder a graça é claro. 

Assim que adquirir o segundo volume conto mais sobre esta saga para vocês. E com essa deixa me despeço por ora. Mas fiquem tranquilos, o blog retornará em breve com mais novidades. Espero que tenha gostado e voltem sempre!!



quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pé no freio, por favor.

Esta será, com certeza, umas das resenhas mais difíceis de se fazer, pois não consegui curtir totalmente a história do livro. Vamos em frente que eu explico.

O livro "Nora: O Começo", de autoria de Géssica Soares, conta a história de uma elfa criada por humanos. A decisão de sua criação por uma raça diferente foi em comum acordo com seus pais biológicos, pois eles sabiam que Nora era um ser conhecido como "Master", capaz de muitas atrocidades em suas vidas passadas.

Na tentativa de humanizar Master, Nora é enviada aos humanos e cresce entre eles até completar dezessete anos. Além de seus pais não biológicos, seu único amigo e confidente é Pietro.

Em um certo dia a protagonista é convidada por Filipino para fazer uma viagem e, com isso, buscar respostas para a sua existência. É aí que eu comecei a me perder, sim, logo no começo.

A sensação que tive é que os acontecimentos ocorriam em uma velocidade assustadora. Por diversas vezes eu me senti meio perdida, tentando entender a sequência de eventos, pois de uma hora para outra as coisas tomavam rumos diferentes.

Logo no começo da viagem Nora conhece Lena, que rapidamente vira sua melhor amiga. Achei estranho, porque o próprio enredo da história diz que ela não se enturmava facilmente, que só tinha Pietro como amigo durante a vida toda, mas enfim. Nesse momento ela também conhece Útilles, irmão de Lena e, novamente, em poucas páginas percebo que ela estava "caidinha" por ele.

Repito, mais uma vez, esta foi a minha impressão!

O grupo se dirige a uma escola de magia para estudar durante o ano. A escola possui um diretor chamado Dôm Cângilos, que trata Nora com muito desprezo, e uma raça chamada de homorundos, tendo como um de seus representantes a pessoa mais convencida do livro, Júnior. Júnior cerca Nora por todos os lados, tentando a todo custo seduzi-la e fazê-la se apaixonar por ele como tantas outras garotas.

No decorrer do livro o grupo treina várias habilidades, desde voar ao lançamento de feitiços. Logo notam que Nora não é como os outros alunos, possuindo força incomum, inteligência, pensamento estratégico e poderes muito estranhos. Resultado: o diretor da escola fica desconfiado de que ela seja o Master e inicia uma perseguição juntamente com alguns aliados homorundos.

A aventura de Nora possui vários elementos de outras sagas que já li como, por exemplo, Harry Potter (criada por humanos, escola de magia, perseguida por um certo alguém, etc.). O problema para mim não foram as ideias da história, que de fato são boas, mas a velocidade dos eventos. Senti que o livro precisava de mais páginas, mais tempo nos diálogos para que eu pudesse me envolver com o que estava acontecendo.

Sem mais delongas, vou encerrar a resenha por aqui, pois não quero contar a história como um todo. Acho que cada livro traz uma experiência diferente para cada pessoa e isto é muito importante para quem escreve, acredito eu. Eu não sei quando sairá a sequência desta saga, mas vamos aguardar novas surpresas.

Espero que tenham gostado e voltem sempre! 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Fome de Mistério.

Existe coisa melhor do que comer enquanto lemos um livro que a gente adora? Certamente muitos de vocês têm esse costume.

Por outro lado, é muito ruim estar numa dieta daquelas e ler "O Mistério do Chocolate", não porque o livro seja ruim, pelo contrário, mas ele é recheado de receitas de cookies que te fazem ficar com água na boca.

Hannah possui uma loja chamada Jarro de Cookies, onde prepara suas delícias diariamente para as centenas de clientes enlouquecidos pelo cheiro e sabor de seus cookies.

As variedades são incríveis: o tradicional de chocolate, o de chocolate branco e preto, tem até de gengibre e nozes pecãs. Meu Deus, já estou quase indo para a cozinha (a pressão é grande e a dieta do casamento me exige um esforço descomunal - risos).

Agora imagine só o susto quando Hannah, ao chegar cedinho no trabalho, se depara com Ron, dentro do caminhão da empresa em que trabalhava, morto (com um cookie a caminho da boca, é claro). A sensação mais estranha foi te-lo visto pouco tempo antes do pobre homem ter levado um tiro a queima roupa.

Qualquer mulher normal iria correr para a polícia, avisar do ocorrido e tentar esquecer aquela cena. Mas Hannah, que já vira muitos episódios de CSI (quem nunca), estava disposta a desvendar o mistério, auxiliando seu cunhado Bill na solução deste homicídio e garantindo-lhe, de quebra, uma promoção no trabalho.

A vida de Hannah dá uma reviravolta. Além de excelente cozinheira, agora é também uma detetive particular que tenta a todo capítulo se desvencilhar das tentativas que sua mãe Delores faz para arranjar um bom partido a ela.

Por incrível que pareça a popularidade de Hannah e sua loja a ajudam na tentativa de solucionar o caso. Conhecida por muitos ela consegue se aproximar de todos na cidade, conquistando uma pista atrás da outra, sempre em troca de deliciosos cookies.

E se você acha que esse é o único mistério da trama, prepare-se, pois nossa perspicaz protagonista é capaz de encontrar não uma, mas duas vítimas de homicídio. Mas será que essas mortes possuem alguma ligação? Difícil dizer.

Como é tradição no blog eu não entrego o final da história, não gosto desta coisa de "spoiler". Mas literalmente deu um gostinho de ler esse livro, não é?

O mais legal de tudo é que no final descobri que Joanne Fluke, a autora, nos reservou uma saborosa trilogia. Espero que tenham gostado e voltem sempre.

Obs.: As resenhas continuam distantes, mas o casamento muito próximo, mês que vem. Meu nervosismo se reflete na falta de postagens. Porém, peço sempre que me deem um crédito e não fiquem tristes, muitas coisas boas ainda estão por vir por aqui!!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Amor é fogo que arde sem se ver.

Devo partir e viver ou ficar e morrer - Romeu e Julieta, de William Shakespeare.


Que o amor toca profundamente todos nós, isto você já sabe. Que o amor é a forma mais pura de cumplicidade, isto você também já sabe.
Que o amor e o ódio andam lado a lado, isto quem não sabe.

Pois bem, existem diversas maneiras de falarmos, comentarmos e tentarmos explicar o amor. Grandes escritores, pensadores e, por que não, até cientistas, já se enveredaram por esse assunto tão perseguido por nós seres humanos.

Um sentimento que provoca sentimentos. A plenitude, o prazer, a caridade, o respeito e, até mesmo, os piores casos de estados depressivos. E, acreditem, é com base neste último diagnóstico que em Portland, cidade principal do livro "Delírio", as pessoas possuem um tratamento contra o amor, ou melhor, amor deliria nervosa.

Seus sintomas, de acordo com o governo, são devastadores e os mais variados possíveis. De perda do apetite ao suicídio, o amor pode matar, e mata, nem que seja aos pouquinhos, aqueles que por ele acabam sendo infectados.

Você deve estar achando isto tudo muito louco. "- Como assim? O mundo não pode sobreviver sem o amor!". É, meu caro ou minha cara. Se você quer descobrir o quanto isto pode ser arrebatador, você deve ler o primeiro livro da saga de Lauren Oliver.

Contando um pouco mais da história, Lena, personagem principal, é uma garota prestes a completar seus dezoito anos de idade. Com a data se aproximando, chega também o momento de sua "intervenção", em que finalmente poderá se ver curada do perigo desta doença tão maligna.

Lena é órfã de pai e mãe. Viveu uma grande tragédia quando pequena, descobrindo que sua mãe estava infectada pela doença e que, por amor, cometeu suicídio. Desde então, mora com sua tia Carol e família, estando quase todos já curados.

A garota possui uma grande amiga chamada Hana, com a qual passa a maior parte de seu tempo discutindo os termos da intervenção e as respostas corretas e a serem dadas nas entrevistas, feitas pelos cientistas que ministrarão a cura.

Não bastasse ter que passar por um procedimento, e viver para sempre sem sentir amor, toda a sociedade precisa ser pareada, para que os cientistas encontrem para cada indivíduo um "parceiro ideal".

Em sua entrevista, Lena acaba dando respostas confusas, gerando a desconfiança dos estudiosos que a avaliam no momento, sendo salva "pelo gongo" quando vacas (isso mesmo, vacas) invadem o laboratório e acabam de vez com a avaliação. Ainda bem, pois assim ela terá  a visita aos laboratórios remarcada, podendo receber uma boa nota para ser pareada e, melhor ainda, não ser considerada infectada como sua mãe outrora fora.

No meio de toda esta confusão, ela se depara com um rapaz a observando e rindo da situação toda. Depois, com uma piscadela para ela, o rapaz deixa o local fazendo a cabeça de Lena girar. Seria ele um Inválido?

Inválido é o termo utilizado para descrever todos aqueles que nunca se submeteram à intervenção. Pessoas que vivem além das fronteiras da cidade, a chamada Selva, e consequentemente na clandestinidade.

E você já pode imaginar o que está para acontecer, não é? Afinal, o amor arrasa corações de uma hora para outra. Quando você menos espera lá está o sentimento, te envolvendo como uma cobra constritora, em que a cada respiração te aperta o peito mais e mais, te deixando sem ar, te levando ao delírio (sintomas bem pesados, principalmente depois de um grande "fora"da sua paixão - risos).

Será que Lena vai tomar o mesmo caminho da mãe? Isso é o que você terá de descobrir por si só. 

Particularmente, achei o livro bom. Pode ser que me surpreenda mais no segundo volume, é claro. É muito difícil encontrar novidades nas distopias atuais, pois todas possuem a mesma receitinha de bolo. A diferença fica mesmo pelos ingredientes.

Pessoal, espero que tenham gostado e me perdoem pela falta de publicações regulares. Mudar de apartamento, casar em dois meses e, ainda por cima, estudar para concurso público atrapalha um pouco as leituras e, por isto, as resenhas estão mais esparsas. Mas fiquem tranquilos, logo logo tudo estará resolvido.

Um grande abraço e voltem sempre!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Qual a cor do cavalo branco de Napoleão?

"Resposta Certa" é um livro para quem precisa se distrair um pouco e ver como as situações do cotidiano podem ser ridiculamente engraçadas, quando não vergonhosas para nós.

O autor David Nicholls traz para o leitor o ano de 1985, com a perspectiva de Brian Jackson, iniciante no curso de Literatura Inglesa.

Brian perdeu o pai quando tinha apenas 12 anos de idade. Os dois tinham como hobby assistir juntos ao programa "Desafio Universitário", um quiz sobre conhecimentos gerais. 

Logo quando Brian está ambientando-se em sua nova vida acadêmica, se depara com a oportunidade de participar do show e, de quebra, vislumbra pela primeira vez Alice Harbinson que, de acordo com ele, é o resumo da perfeição.

O livro passa a narrar em primeira pessoa tudo o que se passa na cabeça de Jackson e como ele decide encarar cada situação em sua vida, tudo em mínimos detalhes recheados de sarcasmos, ironias e uma excelente dose de humor. Tudo mesmo, desde a decisão acerca do melhor corte de cabelo até os seus pensamentos mais luxuriosos sobre Alice.

Brian é tão espirituoso e esperto que cheguei a conclusão de que ele é como o wikipedia ambulante, pois ao longo da vida foi capaz de angariar um conhecimento amplo sobre diversos temas, da ciência à arte, e por aí vai.

Acho que não encontrei uma página sequer nesse livro que não me fizesse rir. Muitas vezes você se compadece do protagonista, por seu jeito desastrado e confuso, em outras você se enxerga na pele dele, rindo de si mesmo por já ter pensado coisas muito parecidas ou, ainda, por ter feito as mesmas burradas. Sem contar os delírios apaixonados de Brian por Alice, que se não fossem cômicos seriam trágicos.

Enfim, acho que Jackson se empenha muito em ser aquilo que nunca será. Algo corriqueiro de se ver em um cara que não possui muita confiança em si mesmo, tem apenas 19 anos, muitas espinhas na cara e uma vida sexual tendendo ao zero absoluto. Nem vou mencionar seu porte atlético e sua performance na pista de dança. Vou ficando por aqui.

-Você vai ler esse livro?
-Sim.
-RESPOSTA CERTA.


segunda-feira, 30 de junho de 2014

Uma história para crianças. Espere, acho que me enganei.

Quem ousar dizer que "Ladrão de Olhos" é um livro para crianças, não estará no melhor de seu juízo. Deixe-me explicar o porquê.

O autor do livro, Jonathan Auxier, criou um mundo incrível e com tudo o que um bambino poderia esperar:

- Tem gente com poderes incríveis? Sim.
- Tem bicho que fala? Aos montes.
- Tem princesas? Claro
- Tem muita aventura? É o que mais tem ... etc, etc, etc.

Mas porque dizer então que não se trata de um conto infantil? Ora, basta adicionar um banho de sangue, umas decapitações e esfolamentos de um velhinho, misturar com uma dose de tortura, como bicadas de corvos até a morte, e PIMBA! Você tem uma mistura que nem todo rebento poderá adorar.

Pelo menos o final é feliz!!

Trago a vocês a fantástica história de Peter Nimble, o melhor ladrão de todos os tempos, que possui um pequeno detalhe que o difere dos demais bons ladrões: este é cego. Não cego de nascença, pois Peter fora encontrado com um corvo empoleirado no sexto em que foi deixado, já sem seus pequenos olhinhos.

Pode parecer triste para você, mas este menino consegue enxergar melhor do que alguém com olhos. Esteja certo disso. Com uma infância sofrida, ele é "acolhido" pelo Sr. Seamus, que o obriga a roubar todos os dias, restando os porões de sua casa, fétidos e imundos, e a vigilância do cão Killer, muito mal humorado diga-se de passagem.

Nenhum tipo de cadeado é páreo para Peter que, fazendo uso de suas habilidades, acaba roubando uma caixa misteriosa de um caixeiro viajante. O conteúdo dessa caixa? Nada mais, nada medos do que três pares de olhos fantásticos. O herói faz essa descoberta quando coloca em suas órbitas oculares os pares de olhos dourados da caixa e, ao dar uma piscadela, é transportado subitamente a uma ilha desconhecida onde conhece Sir Tode, uma criatura gato-homem-cavalo (até agora não consigo formar uma imagem mental disso), Sr. Pound e o Professor Cake.

Peter fica sabendo que o Professor armou para que ele não se contesse e roubasse a caixa com os olhos fantásticos. Um tempo depois, ele avisa ao menino que recebeu uma mensagem em uma garrafa, vinda do mar sem fim, com um autor desconhecido. O pedaço de papel contido na garrafa tinha uma charada, com um claro pedido de socorro de um reino perdido.

Sem muitas delongas, Peter e Sir Tode são escalados pelo Professor para velejar até este reino perdido e ajudar o autor de sua mensagem, tudo isso com a ajuda de três pares de olhos que deveriam ser usados com sabedoria, para não provocar maiores estragos, como sair dessa sem vida, por exemplo.

Eu não vou variar hoje, não vou contar como termina tudo isto. Apesar de já ter dito que de infantil essa história só possui a certeza de uma final feliz. Muita coisa te espera nessa história, mais malucas do que você seria capaz de imaginar. Dê uma chance a Peter Nimble!

Até a próxima e volte sempre!!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Jovens Bruxas ... lembra-se do filme?

Peço desculpas pela demora em fazer mais uma resenha, mas eu também preciso me dedicar aos estudos e à organização do meu casamento (gritinhos de felicidade!). Vamos lá!

Toda vez que leio histórias que envolvem bruxaria me lembro da minha adolescência e do filme "Jovens Bruxas", como menciono no título dessa postagem. Eu, minha irmã e minhas primas adorávamos tentar praticar os feitiços desse longa metragem, obviamente falhando em cada tentativa (risos!).

Jessica Spotswood, autora de "Enfeitiçadas", nos traz um enredo ambientado no século XIX. Após longos anos de dominância das bruxas, também conhecidas como as Filhas de Perséfone, a sociedade é comandada pelos homens por meio da Irmandade, destinada a assegurar que todas as garotas sigam o melhor caminho (de acordo com eles, é claro).

Muitas mulheres são consideradas perversas e indignas. Os Irmãos estão a todo momento a procura de transgressoras das regras, algo que Cate tenta desesperadamente esconder, protegendo assim suas duas irmãs, Maura e Tess.

Em meio a uma sociedade tão machista, uma profecia assombra as garotas. Diz-se que três irmãs bruxas poderão trazer as Filhas de Perséfone de volta ao poder, e que uma delas, tendo a capacidade da magia mental, será a mais poderosa. 

Entretanto, Cate não contava com o outro lado da profecia. Caso escolham o caminho errado, e seus dons sejam utilizados por quem queira destruí-las, um novo terror se espalhará, aniquilando diversas mulheres com o mesmo poderio das irmãs.

A protagonista se vê por diversas vezes muito dividida. Por um lado tem seus próprios desejos, principalmente em relação a Finn, o jardineiro de sua casa, que nela provoca suspiros. Por outro lado, também fez à sua falecida mãe a promessa de que cuidaria das irmãs.

No desenrolar dessa trama vemos que muitos desejam controlar o destino das meninas que a cada dia se mostram mais perto de serem as irmãs da profecia.

No primeiro volume da série, temos a oportunidade de conhecer personagens múltiplas, cada qual com um papel essencial no desenrolar do enredo. Devo dizer que senti arrepios com os acontecimentos. Nunca sabia o que esperar em cada situação, sempre surpreendida com a facilidade com que a autora expôs sentimentos tão intensos nas personagens. 

Não consigo imaginar o que está por vir, mas certamente estou ansiosa para descobrir no próximo livro da série. Como de costume, prefiro dar um gostinho do livro a vocês ao invés de sair contanto tudo de uma vez. 

Espero que tenham gostado e voltem sempre! Caso queiram dar uma opinião sobre o blog é só fazer um comentário abaixo!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Super Fantástico!

Mais um livro de uma autora brasileira para saborearmos aqui no blog. Apresento a vocês: Graciele Ruiz!


As literaturas fantásticas sempre me encantaram, ainda mais quando todos os seus elementos são criados dentro de um mundo imaginário. Com isto quero dizer que a autora inventou um mundo único para inserir sua história, Datahriun, que, digamos de passagem, possui três luas.

Não vou descrevê-lo por completo, até porque é extremamente complicado. O que você precisa saber é que nesse mundo existem vários clãs, cada qual com um poder único, divididos em um vasto território.

Há muitos anos, foram encontradas cinco chaves não muito longe de uma bela caixa de ouro que emanava poder. Sabe-se que um glorioso mago chamado Selaizan - O Senhor da Luz - escondeu essas chaves e a caixa em um templo. Infelizmente, o mago acabou sendo assassinado, mas antes disso enviou cada chave para uma pessoa de coração puro em alguma parte de toda Datahriun por meio de sua magia branca. 

Muito tempo depois aparece Talled, um Espírito Renegado, leal à Feiticeira de Trayena, que está em busca destas relíquias, para que sua Senhora desfrute desta força incomum e às comande com sua magia negra. 

A saga começa com Lícia, uma garota de um clã chamado Kan, que domina o elemento vento e, é claro, possui belas asas. Após o falecimento de seu avô, que a alertara de que ela era a guardiã de uma das chaves, a menina deixa seu lar na esperança de recuperar tais artefatos e encontrar os outros guardiões.

Lícia passa por diversas provações até encontrar Nahya, uma garota de Akinus, dominadora do fogo, e Layer, fiel companheiro de Nahya, que é nada mais nada menos que um belo dragão. As duas decidem juntas ir em busca das chaves perdidas e em seu encalço encontra-se Talled. 

Após uma fuga da Floresta Vermelha, onde se encontrava a casa de Nahya e seus pais, as meninas se veem obrigadas a deixar o clã de Akinus quando os protetores da cidade resolvem perseguí-las implacavelmente. Layer, carregando as duas meninas, precisa atravessar a imensidão do mar para chegar a Taon, terra dos dominadores de cristais, mas não sem antes passarem por maus bocados em uma terra amaldiçoada.

No fim desta história, que só está começando, Lícia aprende uma capacidade que desconhecia e reencontra um jovem rapaz que a ajudou em uma pousada chamado Eriel. Coincidências a parte, Eriel é também um guardião das chaves, filho do rei de Taon, que teve o trono usurpado por seu invejoso irmão.

Uma grande batalha se inicia quando Talled, aliado com o usurpador, está às portas de Taon para recuperar as chaves. E no fim de tudo isso ... você vai ter que ler para descobrir.

O bom desse tipo de literatura é que você tem uma riqueza de elementos para trabalhar, difícil mesmo é tentar fazer uma resenha. Eu, é claro, deixei muita coisa para que você explore sozinho(a) e se divirta com uma saga que tem tudo para ser maravilhosa.

Bem vindo e volte sempre!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Sensualidade em cada página!

A primeira coisa que tenho a dizer é que estou muito contente de poder ler uma ficção escrita por uma brasileira. Digo isto pois minha irmã, gêmea, escreve muito bem e sou louca para vê-la com o nome na capa de um livro.

Mas vamos ao que interessa!

"O Toque da Meia-Noite" traz uma narrativa simples de ser acompanhada e bem estruturada, o que me permitiu a maravilha de terminar o livro em dois dias.

Diferente do que tenho encontrado pelas diversas sagas que pude apreciar, a história é um pouco mais picante, mas sem "pular" para o lado vulgar. Realmente me senti envolvida.

Gwen, nossa protagonista da vez, assim como todas as mulheres (acredito eu) sempre esperou encontrar um cara que valesse a pena. Para ela, não bastava ter alguém ao seu lado se ela não sentisse que esta relação era intensa. Por este motivo, e por ser um tanto diferente das pessoas ao seu redor, Gwen se isola no colégio, preferindo passar seus dias em casa na companhia de um bom livro. Ela vive em uma casa com Elin, sua mãe, e Dolan, seu padrasto que considera como um pai.

Em um lindo dia ensolarado, um  lindo jovem vestido praticamente da cabeça aos pés em couro preto aparece no jardim procurando por Dolan. Para a surpresa de Gwen, trata-de de Heron, filho de seu padrasto que decide visitar o pai e passar uns dias na casa da família.

Vocês devem ter pensado o mesmo que eu: sortuda! Pois bem, Heron e Gwen acabam se aproximando e, entre luz e trevas, acabam se gostando cada dia mais. Se você não entendeu, Heron é daquele tipo de cara misterioso, quase intocável, que guarda mais segredos e perigos do que podemos imaginar.

Não posso deixar de mencionar também que Gwen tem um pai biológico detestável, somente superado por sua madrasta (nem vou mencionar o nome destes dois porque tenho raiva do que fizeram a ela). O egoísmo deste casal chega aos limites quando se trata de dinheiro.

Também não posso me esquecer de Sam, amigo leal de Gwen e sua antiga paixonite, que tanto a ajudou ao longo dos anos a suportar esta situação difícil com seu pai. 

Por fim, tenho a dizer que embora tenha gostado do livro e pretenda ler seu segundo volume, fiquei um pouco incomodada com a quantidade de vezes que li a palavra "sensualidade"e suas derivadas. Sei que é difícil para quem escreve, mas é uma crítica construtiva, pois por diversas vezes encontrei essas palavras na mesma frase. Me atrevo a dizer que, assim como o título dessa resenha, havia "sensualidade" em cada página.

Para terminar, vou ter que decepcioná-los um pouco e não contar a história toda do livro, mas faço isso como um incentivo a Literatura Brasileira e um pedido de que valorizem nossos escritores, sempre.

Bem vindo e volte sempre!


domingo, 25 de maio de 2014

E a consideração, ficou onde?

Sabe aquele livro que te faz querer socar a personagem principal? Bem vindo a Insurgente.


Em primeiro lugar não estou aqui para criticar o livro como um todo, diferentemente do que demonstrei até agora. Deixe-me explicar um pouco.

Quando li o primeiro volume da série de Veronica Roth, "Divergente", fiquei fascinada. Nesse primeiro momento temos a oportunidade de conhecer Beatrice Prior, e seus anseios em relação a escolha que terá de fazer em breve.

No mundo de "Divergente" não há mais uma democracia, sendo que cada pessoa deve escolher uma facção para seguir por toda a vida: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Sinceridade. Beatrice, que nasceu na Abnegação, acaba por escolher a Audácia, mesmo depois de ter feito seu teste de aptidão e receber a revelação de que era divergente.

A divergência se apresenta nas pessoas que possuem mais de uma aptidão, tornando seus testes inconclusivos. O pior, os divergentes são considerados inimigos e são perseguidos.

Com essa informação perigosa em mãos, Beatrice, agora "Tris", entra no mundo da Audácia, passando por diversas dificuldades a fim de conseguir se manter na facção e não se tornar uma sem-facção. Nesse meio tempo ela conhece Quatro (odiei esse nome) e os dois acabam se gostando. Enfim, como meu objetivo não é fazer uma resenha para esse primeiro livro vou direto ao que importa.

A Erudição, por meio de sua líder Jeanine Matthews, consegue desenvolver um soro de simulação, injetado em quase todos os membros da Audácia. Essas pessoas passam a ser controladas e marcham em direção aos membros da Abnegação para subjugá-los. É claro que o soro não fez efeito nos divergentes.

Bom, sem mais delongas, Tris perde seus pais, atira no melhor amigo, Will, e acaba dentro de um vagão de metrô com Quatro, seu irmão Caleb e o pai de Quatro, Marcus.

Agora sim vou me voltar para a resenha de "Insurgente". Infelizmente nesse segundo volume Tris se torna a pessoa mais egocêntrica do mundo, pois não sei por que cargas d'água ela decidiu que precisava salvar o mundo e ser a heroína. Que fique claro que ninguém pediu a ela que fizesse isso.

A história muda de cenário várias vezes. A princípio eles se encaminham para a sede da Amizade. Depois, acabam conhecendo os sem-facção e descobrem que eles estão se aliando contra a nova ordem imposta por Jeanine. Sua líder é ninguém mais, ninguém menos que a mãe de Quatro.

Por fim, os membros da Audácia, que não se aliaram a Jeanine, resolvem voltar para sua sede e tentar bolar um plano para acabar com o terror que foram forçados a viver. A líder da Erudição segue com suas ameaças, descobrindo novas maneiras de utilizar o soro da simulação, enviando um simples recado: ou os divergentes se entregam ou mais mortes ocorrerão.

E é nesse ponto que passo a querer estrangular a personagem. Todo o seu altruísmo é deixado de lado, e qualquer tipo de consideração que pudesse nutrir por alguém é deixado em segunda mão. Ela decide, traindo a confiança de todos, se entregar a Jeanine para que ninguém mais pudesse se machucar. Concordei inúmeras vezes com Tobias, o nome verdadeiro de Quatro, quando ele dizia que ela não tinha amor pela vida e que não pensava antes de tomar suas atitudes.

Depois de se livrar das mãos de Jeanine, Tris resolve trair Tobias e se aliar ao seu pai, que por um acaso tanto odeia. Ela descobre que a Erudição tem a posse de uma informação secreta que mudaria todo o curso dessa história, um segredo que releva o que existe além dos muros da cidade.

Tris, sabendo que somente Jeanine possui tal informação, se dirige para uma sala dentro da sede da Erudição, mas acaba sendo apanhada de surpresa quando vê sua líder ser morta. Depois de tanta confusão, que mal cabe nessa resenha, Tobias, que não sabe se acredita em Tris ou na sua mãe, a nova vilã da história, decide expor a todos o conteúdo daquela informação preciosamente guardada a sete chaves.

Caleb, que acabou escolhendo Erudição, trai sua irmã (mas bem que eu desconfiava desse aí). Tris, que optou por ajudar Marcus, passa a ser considerada uma traidora. E no meio de tudo isso, eis que surge a revelação final do livro. Não, não vou contar isso, até porque já falei demais.

O que mais posso dizer desse livro? Bem, é claro que vou ler o último, afinal não nadei até agora para morrer na praia. Mas sinceramente, a protagonista precisa parar de ser uma "Drama Queen".

Até a próxima! Bem vindo e volte sempre!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Eu não conseguiria guardar este segredo!

Existem livros que você jamais imaginaria ler. Visualize então esta situação: você vai a uma bienal do livro e, dentre os muitos exemplares oferecidos por cada editora, se depara com uma mega promoção, oferendo diversas obras pela bagatela de R$10,00.

O que você faz? Bom, se você, assim como eu, é perdidamente apaixonado por um livro, provavelmente comprou tantos quanto pode. Foi assim com "O Segredo de Jasper Jones", que, para meu deleite, valeu cada centavo.

Craig Silvey escreveu essa obra para demonstrar a perda da inocência. Quando somo crianças, imaginamos um mundo onde as pessoas, todas elas, têm escrúpulos e se comportam em relação a diversas situações cotidianas da maneira mais justa possível.

Infelizmente, e assim como nosso querido Charlie Bucktin pôde perceber, nem tudo é um mar de rosas e, certamente, as aparências enganam.

Charlie, ou Chuck, como prefere seu querido amigo Jeffrey Lu, é um menino de 13 anos que sonha em ser escritor e, aconselhado por seu pai, lê insaciavelmente por horas a fio. Em uma dessas madrugadas Jasper Jones surge em sua janela, aos sussurros, pedindo que Charlie o siga sem mais explicações.

Eis então que nosso protagonista, ao chegar em uma clareira, descobre não o maior segredo da vida de Jasper Jones, pois este só nos é revelado ao final do livro, mas sim um fato que alterará o curso de sua vida e colocará Corrigan, sua cidade, de pernas para o ar. 

Atordoado pelo que sabe, Charlie tenta viver sua vida sem pensar sobre o assunto. Porém, dada sua participação para encobrir os fatos do que presenciou aquele dia na clareira com Jasper, isso torna-se impossível.

Embora seu grande amigo Jeffrey esteja prestes a provar a todos que tamanho não é documento, com uma façanha memorável em uma partida de criquet, o segredo que compartilha daquela noite o assombra.

Não importa o quanto esteja desesperadamente atraído por Eliza Wishart, a qual vive um drama familiar em razão do sumiço de sua irmã, Charlie simplesmente tem medo de contar, e mais medo ainda de não contar a ninguém. Pior ainda seria descobrirem o grande segredo e algemarem ele e Jasper Jones.

É claro que não vou contar o segredo, apesar de estar me remoendo de vontade. Você precisa dar uma chance a Jasper Jones, e descobrir o quão obscuro a mente humana pode ser. Muitas vezes são as pessoas mais próximas de nós que nos surpreendem, noutras vezes são aqueles que não temos coragem de nos aproximar.

"O Segredo de Jasper Jones" é literatura obrigatória. Espero que tenham gostado, bem vindos e voltem sempre!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Último livro da trilogia "A Seleção" de Kiera Cass

Finalmente o último livro desta trilogia tão aclamada pelos fãs.


Para a primeira avaliação do blog resolvi trazer um livro que gerou grande expectativa entre os seus fãs.

De início tenho que confessar que quando li a sinopse do primeiro livro da série ("A Seleção") imaginei que não fosse gostar nem um pouco. Tenho essa mania, sempre ler as sinopses no site do Skoob e adicionar aqueles que um dia pretendo dedicar um pouco do meu tempo disponível (http://www.skoob.com.br/perfil/alepaccola).

Achei que seria mais uma história boba de várias mulheres brigando pelo menos cara, como se ele fosse assim tão perfeito. Esse pensamento também me aflorou por existirem tantos livros na atualidade que possuem os mesmos elementos, alternando somente as personagens e o ambiente onde a trama é desenrolada. É sempre a menina não-muito-bonita, com o cara mais-que-perfeito e cheio de mistérios... o resto vocês já podem imaginar.

Passado algum tempo, e tendo o livro em mãos, resolvi dar uma chance a Kiera Cass e ver no que toda essa história de príncipes e princesas ia dar. Não vou mentir, quando criança tinha fascínio por todos os filmes da Disney, portanto, bem no meu íntimo, isso deve ter contado para me chamar a atenção.

Para quem não conhece, a saga conta a história de América Singer, uma garota que ocupa o nível 5 numa sociedade dividida em sistema de castas, que variam de 1 a 8, onde seus monarcas casam os herdeiros através de um grande evento chamado de seleção. Na seleção, são escolhidas diversas garotas de várias províncias que competiriam entre si pelo amor do príncipe, ou pelo amor à coroa, a depender da ambição.

Nossa protagonista, que esta perdidamente apaixonada por Aspen, um garoto que ocupa uma casta inferior a sua e passa muitas dificuldades com a família, se vê deixada por ele com um pedido seu para que ela se aliste na seleção e tente uma vida melhor. O pior de tudo, para ela, é que América acaba entrando nesse turbilhão.

É nesse meio tempo que ela conhece o príncipe Maxon, e fica sem saber o que fazer quando, inesperadamente, seus desejos e dúvidas em relação à competição começam a mudar. Maxon, para minha indignação, vê a seleção como uma coisa normal, ficando a cada etapa mais próximo de uma ou outra garota, mas sempre enchendo América de promessas de amor.

Acabei lendo o primeiro livro em menos de dois dias, e com o segundo não foi muito diferente. No fim fiquei ávida pela última parte desta história. Então, vamos logo ao que senti com esse livro especificamente.

América Singer, por muitas vezes, me fez querer esfolá-la viva com tanta indecisão em relação a Aspen e Maxon. Por fim, e para minha alegria, ela acabou por perceber que, no momento em que decidiu entrar na disputa, havia deixado para trás seus sentimentos por Aspen. Pena que demorou tanto para ela cair em si.

Aspen, que foi deixado de lado nessa última parte da saga, acaba percebendo que nem tudo no mundo é América. Ainda bem, não aguentava mais esse vai-não-vai dos dois. Mas gostei de vê-lo abrindo seu coração para outra pessoa e transformando o que ele nutria por América em uma grande amizade.

A disputa pelo príncipe, acirrada como sempre foi desde o início, acaba por aproximar as últimas garotas que sobraram na competição, surpreendendo-as com uma amizade inesperada entre todas. Inclusive, ninguém imaginaria que Celeste, de casta 2 e extremamente invejosa, estaria se enquadrando em qualquer coisa que fizesse menção a palavra "amizade". Justo ela que eu tanto odiei, mas que depois tanto adorei, confesso.

Achava muito difícil, também, imaginar como essa trama ia se desenrolar em relação às mudanças que América e Maxon desejavam para a sociedade. Óbvio, com um rei tão louco quanto aquele que sugeriu a divisão em castas, somente algo muito drástico para mudar esse sistema tão cruel.

E o que seria de uma boa trilogia se a autora não resolvesse assassinar alguns personagens que adoramos? Ai, ai, até hoje tenho vontade de gritar com Suzanne Collins por isso. Mas não vamos nos distrair! Acho que América não mereceu as perdas que teve, mas acho que foi a única maneira que Kiera Cass arranjou para equilibrar a situação. Se de um lado a morte leva alguém que não tem escrúpulos, de outro mostra à América que nem todas as pessoas de bom coração viverão para ver o final feliz. Triste? Muito, George Martin mandou lembranças!

Esse último livro me gerou uma ligeira frustração, pois, apesar do final extremamente romântico, fiquei com aquele sentimento de que queria saber mais. Fãs de Harry Potter que o digam! Porém, com seus prós e contras "A Escolha" certamente me cativou, assim como essa autora, de quem ainda espero poder ver alguns outros trabalhos em breve. Por fim, digo que a trilogia toda vale a pena e recomendo bastante a leitura, para quem gosta desse tipo de literatura. 


Espero que tenham gostado da resenha e estou aberta a sugestões. Bem vindo, e volte sempre!