terça-feira, 27 de maio de 2014

Sensualidade em cada página!

A primeira coisa que tenho a dizer é que estou muito contente de poder ler uma ficção escrita por uma brasileira. Digo isto pois minha irmã, gêmea, escreve muito bem e sou louca para vê-la com o nome na capa de um livro.

Mas vamos ao que interessa!

"O Toque da Meia-Noite" traz uma narrativa simples de ser acompanhada e bem estruturada, o que me permitiu a maravilha de terminar o livro em dois dias.

Diferente do que tenho encontrado pelas diversas sagas que pude apreciar, a história é um pouco mais picante, mas sem "pular" para o lado vulgar. Realmente me senti envolvida.

Gwen, nossa protagonista da vez, assim como todas as mulheres (acredito eu) sempre esperou encontrar um cara que valesse a pena. Para ela, não bastava ter alguém ao seu lado se ela não sentisse que esta relação era intensa. Por este motivo, e por ser um tanto diferente das pessoas ao seu redor, Gwen se isola no colégio, preferindo passar seus dias em casa na companhia de um bom livro. Ela vive em uma casa com Elin, sua mãe, e Dolan, seu padrasto que considera como um pai.

Em um lindo dia ensolarado, um  lindo jovem vestido praticamente da cabeça aos pés em couro preto aparece no jardim procurando por Dolan. Para a surpresa de Gwen, trata-de de Heron, filho de seu padrasto que decide visitar o pai e passar uns dias na casa da família.

Vocês devem ter pensado o mesmo que eu: sortuda! Pois bem, Heron e Gwen acabam se aproximando e, entre luz e trevas, acabam se gostando cada dia mais. Se você não entendeu, Heron é daquele tipo de cara misterioso, quase intocável, que guarda mais segredos e perigos do que podemos imaginar.

Não posso deixar de mencionar também que Gwen tem um pai biológico detestável, somente superado por sua madrasta (nem vou mencionar o nome destes dois porque tenho raiva do que fizeram a ela). O egoísmo deste casal chega aos limites quando se trata de dinheiro.

Também não posso me esquecer de Sam, amigo leal de Gwen e sua antiga paixonite, que tanto a ajudou ao longo dos anos a suportar esta situação difícil com seu pai. 

Por fim, tenho a dizer que embora tenha gostado do livro e pretenda ler seu segundo volume, fiquei um pouco incomodada com a quantidade de vezes que li a palavra "sensualidade"e suas derivadas. Sei que é difícil para quem escreve, mas é uma crítica construtiva, pois por diversas vezes encontrei essas palavras na mesma frase. Me atrevo a dizer que, assim como o título dessa resenha, havia "sensualidade" em cada página.

Para terminar, vou ter que decepcioná-los um pouco e não contar a história toda do livro, mas faço isso como um incentivo a Literatura Brasileira e um pedido de que valorizem nossos escritores, sempre.

Bem vindo e volte sempre!


domingo, 25 de maio de 2014

E a consideração, ficou onde?

Sabe aquele livro que te faz querer socar a personagem principal? Bem vindo a Insurgente.


Em primeiro lugar não estou aqui para criticar o livro como um todo, diferentemente do que demonstrei até agora. Deixe-me explicar um pouco.

Quando li o primeiro volume da série de Veronica Roth, "Divergente", fiquei fascinada. Nesse primeiro momento temos a oportunidade de conhecer Beatrice Prior, e seus anseios em relação a escolha que terá de fazer em breve.

No mundo de "Divergente" não há mais uma democracia, sendo que cada pessoa deve escolher uma facção para seguir por toda a vida: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Sinceridade. Beatrice, que nasceu na Abnegação, acaba por escolher a Audácia, mesmo depois de ter feito seu teste de aptidão e receber a revelação de que era divergente.

A divergência se apresenta nas pessoas que possuem mais de uma aptidão, tornando seus testes inconclusivos. O pior, os divergentes são considerados inimigos e são perseguidos.

Com essa informação perigosa em mãos, Beatrice, agora "Tris", entra no mundo da Audácia, passando por diversas dificuldades a fim de conseguir se manter na facção e não se tornar uma sem-facção. Nesse meio tempo ela conhece Quatro (odiei esse nome) e os dois acabam se gostando. Enfim, como meu objetivo não é fazer uma resenha para esse primeiro livro vou direto ao que importa.

A Erudição, por meio de sua líder Jeanine Matthews, consegue desenvolver um soro de simulação, injetado em quase todos os membros da Audácia. Essas pessoas passam a ser controladas e marcham em direção aos membros da Abnegação para subjugá-los. É claro que o soro não fez efeito nos divergentes.

Bom, sem mais delongas, Tris perde seus pais, atira no melhor amigo, Will, e acaba dentro de um vagão de metrô com Quatro, seu irmão Caleb e o pai de Quatro, Marcus.

Agora sim vou me voltar para a resenha de "Insurgente". Infelizmente nesse segundo volume Tris se torna a pessoa mais egocêntrica do mundo, pois não sei por que cargas d'água ela decidiu que precisava salvar o mundo e ser a heroína. Que fique claro que ninguém pediu a ela que fizesse isso.

A história muda de cenário várias vezes. A princípio eles se encaminham para a sede da Amizade. Depois, acabam conhecendo os sem-facção e descobrem que eles estão se aliando contra a nova ordem imposta por Jeanine. Sua líder é ninguém mais, ninguém menos que a mãe de Quatro.

Por fim, os membros da Audácia, que não se aliaram a Jeanine, resolvem voltar para sua sede e tentar bolar um plano para acabar com o terror que foram forçados a viver. A líder da Erudição segue com suas ameaças, descobrindo novas maneiras de utilizar o soro da simulação, enviando um simples recado: ou os divergentes se entregam ou mais mortes ocorrerão.

E é nesse ponto que passo a querer estrangular a personagem. Todo o seu altruísmo é deixado de lado, e qualquer tipo de consideração que pudesse nutrir por alguém é deixado em segunda mão. Ela decide, traindo a confiança de todos, se entregar a Jeanine para que ninguém mais pudesse se machucar. Concordei inúmeras vezes com Tobias, o nome verdadeiro de Quatro, quando ele dizia que ela não tinha amor pela vida e que não pensava antes de tomar suas atitudes.

Depois de se livrar das mãos de Jeanine, Tris resolve trair Tobias e se aliar ao seu pai, que por um acaso tanto odeia. Ela descobre que a Erudição tem a posse de uma informação secreta que mudaria todo o curso dessa história, um segredo que releva o que existe além dos muros da cidade.

Tris, sabendo que somente Jeanine possui tal informação, se dirige para uma sala dentro da sede da Erudição, mas acaba sendo apanhada de surpresa quando vê sua líder ser morta. Depois de tanta confusão, que mal cabe nessa resenha, Tobias, que não sabe se acredita em Tris ou na sua mãe, a nova vilã da história, decide expor a todos o conteúdo daquela informação preciosamente guardada a sete chaves.

Caleb, que acabou escolhendo Erudição, trai sua irmã (mas bem que eu desconfiava desse aí). Tris, que optou por ajudar Marcus, passa a ser considerada uma traidora. E no meio de tudo isso, eis que surge a revelação final do livro. Não, não vou contar isso, até porque já falei demais.

O que mais posso dizer desse livro? Bem, é claro que vou ler o último, afinal não nadei até agora para morrer na praia. Mas sinceramente, a protagonista precisa parar de ser uma "Drama Queen".

Até a próxima! Bem vindo e volte sempre!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Eu não conseguiria guardar este segredo!

Existem livros que você jamais imaginaria ler. Visualize então esta situação: você vai a uma bienal do livro e, dentre os muitos exemplares oferecidos por cada editora, se depara com uma mega promoção, oferendo diversas obras pela bagatela de R$10,00.

O que você faz? Bom, se você, assim como eu, é perdidamente apaixonado por um livro, provavelmente comprou tantos quanto pode. Foi assim com "O Segredo de Jasper Jones", que, para meu deleite, valeu cada centavo.

Craig Silvey escreveu essa obra para demonstrar a perda da inocência. Quando somo crianças, imaginamos um mundo onde as pessoas, todas elas, têm escrúpulos e se comportam em relação a diversas situações cotidianas da maneira mais justa possível.

Infelizmente, e assim como nosso querido Charlie Bucktin pôde perceber, nem tudo é um mar de rosas e, certamente, as aparências enganam.

Charlie, ou Chuck, como prefere seu querido amigo Jeffrey Lu, é um menino de 13 anos que sonha em ser escritor e, aconselhado por seu pai, lê insaciavelmente por horas a fio. Em uma dessas madrugadas Jasper Jones surge em sua janela, aos sussurros, pedindo que Charlie o siga sem mais explicações.

Eis então que nosso protagonista, ao chegar em uma clareira, descobre não o maior segredo da vida de Jasper Jones, pois este só nos é revelado ao final do livro, mas sim um fato que alterará o curso de sua vida e colocará Corrigan, sua cidade, de pernas para o ar. 

Atordoado pelo que sabe, Charlie tenta viver sua vida sem pensar sobre o assunto. Porém, dada sua participação para encobrir os fatos do que presenciou aquele dia na clareira com Jasper, isso torna-se impossível.

Embora seu grande amigo Jeffrey esteja prestes a provar a todos que tamanho não é documento, com uma façanha memorável em uma partida de criquet, o segredo que compartilha daquela noite o assombra.

Não importa o quanto esteja desesperadamente atraído por Eliza Wishart, a qual vive um drama familiar em razão do sumiço de sua irmã, Charlie simplesmente tem medo de contar, e mais medo ainda de não contar a ninguém. Pior ainda seria descobrirem o grande segredo e algemarem ele e Jasper Jones.

É claro que não vou contar o segredo, apesar de estar me remoendo de vontade. Você precisa dar uma chance a Jasper Jones, e descobrir o quão obscuro a mente humana pode ser. Muitas vezes são as pessoas mais próximas de nós que nos surpreendem, noutras vezes são aqueles que não temos coragem de nos aproximar.

"O Segredo de Jasper Jones" é literatura obrigatória. Espero que tenham gostado, bem vindos e voltem sempre!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Último livro da trilogia "A Seleção" de Kiera Cass

Finalmente o último livro desta trilogia tão aclamada pelos fãs.


Para a primeira avaliação do blog resolvi trazer um livro que gerou grande expectativa entre os seus fãs.

De início tenho que confessar que quando li a sinopse do primeiro livro da série ("A Seleção") imaginei que não fosse gostar nem um pouco. Tenho essa mania, sempre ler as sinopses no site do Skoob e adicionar aqueles que um dia pretendo dedicar um pouco do meu tempo disponível (http://www.skoob.com.br/perfil/alepaccola).

Achei que seria mais uma história boba de várias mulheres brigando pelo menos cara, como se ele fosse assim tão perfeito. Esse pensamento também me aflorou por existirem tantos livros na atualidade que possuem os mesmos elementos, alternando somente as personagens e o ambiente onde a trama é desenrolada. É sempre a menina não-muito-bonita, com o cara mais-que-perfeito e cheio de mistérios... o resto vocês já podem imaginar.

Passado algum tempo, e tendo o livro em mãos, resolvi dar uma chance a Kiera Cass e ver no que toda essa história de príncipes e princesas ia dar. Não vou mentir, quando criança tinha fascínio por todos os filmes da Disney, portanto, bem no meu íntimo, isso deve ter contado para me chamar a atenção.

Para quem não conhece, a saga conta a história de América Singer, uma garota que ocupa o nível 5 numa sociedade dividida em sistema de castas, que variam de 1 a 8, onde seus monarcas casam os herdeiros através de um grande evento chamado de seleção. Na seleção, são escolhidas diversas garotas de várias províncias que competiriam entre si pelo amor do príncipe, ou pelo amor à coroa, a depender da ambição.

Nossa protagonista, que esta perdidamente apaixonada por Aspen, um garoto que ocupa uma casta inferior a sua e passa muitas dificuldades com a família, se vê deixada por ele com um pedido seu para que ela se aliste na seleção e tente uma vida melhor. O pior de tudo, para ela, é que América acaba entrando nesse turbilhão.

É nesse meio tempo que ela conhece o príncipe Maxon, e fica sem saber o que fazer quando, inesperadamente, seus desejos e dúvidas em relação à competição começam a mudar. Maxon, para minha indignação, vê a seleção como uma coisa normal, ficando a cada etapa mais próximo de uma ou outra garota, mas sempre enchendo América de promessas de amor.

Acabei lendo o primeiro livro em menos de dois dias, e com o segundo não foi muito diferente. No fim fiquei ávida pela última parte desta história. Então, vamos logo ao que senti com esse livro especificamente.

América Singer, por muitas vezes, me fez querer esfolá-la viva com tanta indecisão em relação a Aspen e Maxon. Por fim, e para minha alegria, ela acabou por perceber que, no momento em que decidiu entrar na disputa, havia deixado para trás seus sentimentos por Aspen. Pena que demorou tanto para ela cair em si.

Aspen, que foi deixado de lado nessa última parte da saga, acaba percebendo que nem tudo no mundo é América. Ainda bem, não aguentava mais esse vai-não-vai dos dois. Mas gostei de vê-lo abrindo seu coração para outra pessoa e transformando o que ele nutria por América em uma grande amizade.

A disputa pelo príncipe, acirrada como sempre foi desde o início, acaba por aproximar as últimas garotas que sobraram na competição, surpreendendo-as com uma amizade inesperada entre todas. Inclusive, ninguém imaginaria que Celeste, de casta 2 e extremamente invejosa, estaria se enquadrando em qualquer coisa que fizesse menção a palavra "amizade". Justo ela que eu tanto odiei, mas que depois tanto adorei, confesso.

Achava muito difícil, também, imaginar como essa trama ia se desenrolar em relação às mudanças que América e Maxon desejavam para a sociedade. Óbvio, com um rei tão louco quanto aquele que sugeriu a divisão em castas, somente algo muito drástico para mudar esse sistema tão cruel.

E o que seria de uma boa trilogia se a autora não resolvesse assassinar alguns personagens que adoramos? Ai, ai, até hoje tenho vontade de gritar com Suzanne Collins por isso. Mas não vamos nos distrair! Acho que América não mereceu as perdas que teve, mas acho que foi a única maneira que Kiera Cass arranjou para equilibrar a situação. Se de um lado a morte leva alguém que não tem escrúpulos, de outro mostra à América que nem todas as pessoas de bom coração viverão para ver o final feliz. Triste? Muito, George Martin mandou lembranças!

Esse último livro me gerou uma ligeira frustração, pois, apesar do final extremamente romântico, fiquei com aquele sentimento de que queria saber mais. Fãs de Harry Potter que o digam! Porém, com seus prós e contras "A Escolha" certamente me cativou, assim como essa autora, de quem ainda espero poder ver alguns outros trabalhos em breve. Por fim, digo que a trilogia toda vale a pena e recomendo bastante a leitura, para quem gosta desse tipo de literatura. 


Espero que tenham gostado da resenha e estou aberta a sugestões. Bem vindo, e volte sempre!