segunda-feira, 30 de junho de 2014

Uma história para crianças. Espere, acho que me enganei.

Quem ousar dizer que "Ladrão de Olhos" é um livro para crianças, não estará no melhor de seu juízo. Deixe-me explicar o porquê.

O autor do livro, Jonathan Auxier, criou um mundo incrível e com tudo o que um bambino poderia esperar:

- Tem gente com poderes incríveis? Sim.
- Tem bicho que fala? Aos montes.
- Tem princesas? Claro
- Tem muita aventura? É o que mais tem ... etc, etc, etc.

Mas porque dizer então que não se trata de um conto infantil? Ora, basta adicionar um banho de sangue, umas decapitações e esfolamentos de um velhinho, misturar com uma dose de tortura, como bicadas de corvos até a morte, e PIMBA! Você tem uma mistura que nem todo rebento poderá adorar.

Pelo menos o final é feliz!!

Trago a vocês a fantástica história de Peter Nimble, o melhor ladrão de todos os tempos, que possui um pequeno detalhe que o difere dos demais bons ladrões: este é cego. Não cego de nascença, pois Peter fora encontrado com um corvo empoleirado no sexto em que foi deixado, já sem seus pequenos olhinhos.

Pode parecer triste para você, mas este menino consegue enxergar melhor do que alguém com olhos. Esteja certo disso. Com uma infância sofrida, ele é "acolhido" pelo Sr. Seamus, que o obriga a roubar todos os dias, restando os porões de sua casa, fétidos e imundos, e a vigilância do cão Killer, muito mal humorado diga-se de passagem.

Nenhum tipo de cadeado é páreo para Peter que, fazendo uso de suas habilidades, acaba roubando uma caixa misteriosa de um caixeiro viajante. O conteúdo dessa caixa? Nada mais, nada medos do que três pares de olhos fantásticos. O herói faz essa descoberta quando coloca em suas órbitas oculares os pares de olhos dourados da caixa e, ao dar uma piscadela, é transportado subitamente a uma ilha desconhecida onde conhece Sir Tode, uma criatura gato-homem-cavalo (até agora não consigo formar uma imagem mental disso), Sr. Pound e o Professor Cake.

Peter fica sabendo que o Professor armou para que ele não se contesse e roubasse a caixa com os olhos fantásticos. Um tempo depois, ele avisa ao menino que recebeu uma mensagem em uma garrafa, vinda do mar sem fim, com um autor desconhecido. O pedaço de papel contido na garrafa tinha uma charada, com um claro pedido de socorro de um reino perdido.

Sem muitas delongas, Peter e Sir Tode são escalados pelo Professor para velejar até este reino perdido e ajudar o autor de sua mensagem, tudo isso com a ajuda de três pares de olhos que deveriam ser usados com sabedoria, para não provocar maiores estragos, como sair dessa sem vida, por exemplo.

Eu não vou variar hoje, não vou contar como termina tudo isto. Apesar de já ter dito que de infantil essa história só possui a certeza de uma final feliz. Muita coisa te espera nessa história, mais malucas do que você seria capaz de imaginar. Dê uma chance a Peter Nimble!

Até a próxima e volte sempre!!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Jovens Bruxas ... lembra-se do filme?

Peço desculpas pela demora em fazer mais uma resenha, mas eu também preciso me dedicar aos estudos e à organização do meu casamento (gritinhos de felicidade!). Vamos lá!

Toda vez que leio histórias que envolvem bruxaria me lembro da minha adolescência e do filme "Jovens Bruxas", como menciono no título dessa postagem. Eu, minha irmã e minhas primas adorávamos tentar praticar os feitiços desse longa metragem, obviamente falhando em cada tentativa (risos!).

Jessica Spotswood, autora de "Enfeitiçadas", nos traz um enredo ambientado no século XIX. Após longos anos de dominância das bruxas, também conhecidas como as Filhas de Perséfone, a sociedade é comandada pelos homens por meio da Irmandade, destinada a assegurar que todas as garotas sigam o melhor caminho (de acordo com eles, é claro).

Muitas mulheres são consideradas perversas e indignas. Os Irmãos estão a todo momento a procura de transgressoras das regras, algo que Cate tenta desesperadamente esconder, protegendo assim suas duas irmãs, Maura e Tess.

Em meio a uma sociedade tão machista, uma profecia assombra as garotas. Diz-se que três irmãs bruxas poderão trazer as Filhas de Perséfone de volta ao poder, e que uma delas, tendo a capacidade da magia mental, será a mais poderosa. 

Entretanto, Cate não contava com o outro lado da profecia. Caso escolham o caminho errado, e seus dons sejam utilizados por quem queira destruí-las, um novo terror se espalhará, aniquilando diversas mulheres com o mesmo poderio das irmãs.

A protagonista se vê por diversas vezes muito dividida. Por um lado tem seus próprios desejos, principalmente em relação a Finn, o jardineiro de sua casa, que nela provoca suspiros. Por outro lado, também fez à sua falecida mãe a promessa de que cuidaria das irmãs.

No desenrolar dessa trama vemos que muitos desejam controlar o destino das meninas que a cada dia se mostram mais perto de serem as irmãs da profecia.

No primeiro volume da série, temos a oportunidade de conhecer personagens múltiplas, cada qual com um papel essencial no desenrolar do enredo. Devo dizer que senti arrepios com os acontecimentos. Nunca sabia o que esperar em cada situação, sempre surpreendida com a facilidade com que a autora expôs sentimentos tão intensos nas personagens. 

Não consigo imaginar o que está por vir, mas certamente estou ansiosa para descobrir no próximo livro da série. Como de costume, prefiro dar um gostinho do livro a vocês ao invés de sair contanto tudo de uma vez. 

Espero que tenham gostado e voltem sempre! Caso queiram dar uma opinião sobre o blog é só fazer um comentário abaixo!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Super Fantástico!

Mais um livro de uma autora brasileira para saborearmos aqui no blog. Apresento a vocês: Graciele Ruiz!


As literaturas fantásticas sempre me encantaram, ainda mais quando todos os seus elementos são criados dentro de um mundo imaginário. Com isto quero dizer que a autora inventou um mundo único para inserir sua história, Datahriun, que, digamos de passagem, possui três luas.

Não vou descrevê-lo por completo, até porque é extremamente complicado. O que você precisa saber é que nesse mundo existem vários clãs, cada qual com um poder único, divididos em um vasto território.

Há muitos anos, foram encontradas cinco chaves não muito longe de uma bela caixa de ouro que emanava poder. Sabe-se que um glorioso mago chamado Selaizan - O Senhor da Luz - escondeu essas chaves e a caixa em um templo. Infelizmente, o mago acabou sendo assassinado, mas antes disso enviou cada chave para uma pessoa de coração puro em alguma parte de toda Datahriun por meio de sua magia branca. 

Muito tempo depois aparece Talled, um Espírito Renegado, leal à Feiticeira de Trayena, que está em busca destas relíquias, para que sua Senhora desfrute desta força incomum e às comande com sua magia negra. 

A saga começa com Lícia, uma garota de um clã chamado Kan, que domina o elemento vento e, é claro, possui belas asas. Após o falecimento de seu avô, que a alertara de que ela era a guardiã de uma das chaves, a menina deixa seu lar na esperança de recuperar tais artefatos e encontrar os outros guardiões.

Lícia passa por diversas provações até encontrar Nahya, uma garota de Akinus, dominadora do fogo, e Layer, fiel companheiro de Nahya, que é nada mais nada menos que um belo dragão. As duas decidem juntas ir em busca das chaves perdidas e em seu encalço encontra-se Talled. 

Após uma fuga da Floresta Vermelha, onde se encontrava a casa de Nahya e seus pais, as meninas se veem obrigadas a deixar o clã de Akinus quando os protetores da cidade resolvem perseguí-las implacavelmente. Layer, carregando as duas meninas, precisa atravessar a imensidão do mar para chegar a Taon, terra dos dominadores de cristais, mas não sem antes passarem por maus bocados em uma terra amaldiçoada.

No fim desta história, que só está começando, Lícia aprende uma capacidade que desconhecia e reencontra um jovem rapaz que a ajudou em uma pousada chamado Eriel. Coincidências a parte, Eriel é também um guardião das chaves, filho do rei de Taon, que teve o trono usurpado por seu invejoso irmão.

Uma grande batalha se inicia quando Talled, aliado com o usurpador, está às portas de Taon para recuperar as chaves. E no fim de tudo isso ... você vai ter que ler para descobrir.

O bom desse tipo de literatura é que você tem uma riqueza de elementos para trabalhar, difícil mesmo é tentar fazer uma resenha. Eu, é claro, deixei muita coisa para que você explore sozinho(a) e se divirta com uma saga que tem tudo para ser maravilhosa.

Bem vindo e volte sempre!