segunda-feira, 6 de junho de 2016

Voar, voar, subir, subir.

Sabe aquele livro doce, mas tão doce, que faz seu coração se encher de alegria e ternura? Esse é um bom resumo do que você encontrará em "Passarinho", da autora Crystal Chan.

Neste livro você conhecerá Jóia, uma garota muito especial, que se vê afogada em um drama familiar.

No dia de seu nascimento um incidente terrível aconteceu. Seu irmão, John, com apenas cinco anos de idade, se jogou de um penhasco, pois imaginava que conseguia voar. Desde então sua família vive em sofrimento, incapaz de esquecer o ocorrido.

Seu avô carrega a culpa de ter apelidado seu irmãozinho de Passarinho e acredita ter chamado a atenção de espíritos malignos, que fizeram com que John resolvesse saltar do penhasco. Desde então, o avô de Jóia nunca mais falou, simplesmente se calou para todos e passou apenas a demonstrar raiva e pesar.

Sem saber o que fazer para que alguém lhe conte a verdade, ou ao menos dê a ela a atenção de que tanto precisa, Jóia busca refúgio no único lugar em que seus pais jamais imaginavam e desejavam encontrá-la: o local de onde Passarinho fez seu último voo. É no penhasco que ela se conecta com a natureza e conversa com ela, na esperança de abafar suas angústias e encontrar respostas ao seu descontentamento.

Jóia também adora escalar árvores e é assim que um dia acaba conhecendo um menino misterioso cujo nome lhe faz perder o fôlego: John. E é assim que nasce uma amizade que talvez seja capaz de romper as barreiras do silêncio que rondam sua família a tantos anos, e que não deixam seus inúmeros fantasmas irem embora.

Nota pessoal:

Eu simplesmente amei e favoritei esse livro para a vida! Nem preciso dizer que chorei muito e me senti tocada por essa história, do começo ao fim. Jóia é como muitas pessoas, reprimida e reclusa em seus pensamentos por algo que ela não tem culpa.

É muito triste perceber que as vezes deixamos de ser quem desejamos para agradar aos outros, por um medo irracional de não ser aceito, sendo que o que de fato importa é o que sonhamos para nós mesmos, afinal, ninguém é capaz de viver sua vida por você.

"Passarinho", com toda a sua leveza, com certeza te fará voar para onde você não imagina.

Até a próxima.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Muita história e pouca explicação.

Se você anda em busca de uma boa (senão razoável) trilogia sobrenatural deveria tentar "Darkest Powers", mas não espere grandes revelações no enredo.

Nestes três livros (Invocação, Despertar e Confronto), acompanhamos um período da vida de Chloe Saunders que, após um surto com visões de espíritos, é enviada a uma instituição para crianças problemáticas - a Casa Lyle.

Mas, como é de se esperar, o local não parece ter tanta boa intenção com seus inquilinos, levando seus moradores a uma busca por respostas. É nesse contexto que conhecemos também Simon, Derek, Tori e Liz.

Se Chloe achava que ver espíritos já era ruim o bastante, seu mundo vira de cabeça para baixo ao perceber que ela não é a pessoa mais estranha a habitar a Casa Lyle.

Depois de ler o intrigante "Invocação" ficamos com uma série de perguntas sobre o mundo criado por Kelley Armstrong. Porém, nos dois volumes seguintes, a quantidade de informações aumenta sem acrescentar em nada ao enredo, pois não temos resposta para quase nada. E digo mais, não há conclusão para o destino dos personagens e da história toda que foi contada.

É uma trilogia fácil de ler, mas dura de engolir. Ficou faltando um livro a mais para finalizar tudo ou simplesmente justificar a aparição de tanta coisa sem sentido.

O pior de tudo é a fórmula "gato e rato" usada nos três volumes. É a mesma coisa o tempo todo. Fugir, esconder-se e ser pego. Sério, é um ciclo infinito que é muito chato. Eu não sei quem estava mais perdido com a razão de todos acontecimentos: eu ou os personagens.

Nota pessoal:

Me decepcionei com várias coisas nesse livro, dentre elas: a história por traz do colar que estampa as capas dos livros e a razão dele mudar de cor e qual é a motivação por trás do enredo do Derek, principalmente a partir do segundo livro.

Eu me simpatizei com essa trilogia, mas esperava muito mais da autora. Se eu recomendo? Sim, se você não se importa com frustrações.

Até a próxima.