quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A culpa é do John Green.

Recentemente tive a oportunidade de ler duas obras do aclamado autor John Green, mais conhecido por ter escrito o livro "A Culpa é das Estrelas", e tenho que dizer a vocês que ambas não me agradaram nem um pouco.

Estou falando de "Quem é Você Alasca?" e "Cidades de Papel". Eu sei que muitas pessoas adoram esses livros, mas nem sempre é possível compartilhar o mesmo sentimento com as leituras, não é mesmo?

Na minha opinião, que li os dois livros em um pequeno espaço de tempo, senti que estava lendo a mesma coisa nos dois. A trama era semelhante em alguns pontos e não me senti envolvida com nenhum personagem. Falo isso porque toda vez que leio alguma coisa eu gosto de me conectar com a história, sentir que faço parte daquele mundo, viver aqueles sentimentos da mesma maneira, mas isso não acontece comigo quando se trata do John Green.

Mas vamos falar um pouquinho dos dois livros.

Quem é Você Alasca?: este livro possui um clichê que eu simplesmente detesto: amor instanâneo a primeira vista.
Miles é um daqueles adolescentes impressionantemente cultos e inteligentes, mas que quando decide estudar em um colégio interno começa a fumar porque é isso que seus colegas fazem. Ele é fã de "famosas últimas palavras", fazendo suas citações durante o livro inteiro.
Quando vê pela primeira vez Alasca fica perdidamente apaixonado e fissurado com ela. Eu não posso contar o resto para não dar spoiler a quem não leu.

Cidades de Papel: também temos adolescentes surpreendentemente notáveis neste livro.
Quentin está no último ano de colégio. Ele estuda no mesmo lugar que sua vizinha de muitos anos Margo, que, depois de arrastá-lo para dirigir para ela a noite toda completando tarefas de vários tipos, decide sumir do mapa deixando apenas algumas pistas.
Quentin e seus amigos decidem seguir essas pistas para descobrir o paradeiro de Margo e o livro todo se baseia nesta busca.

O que mais me incomodou nos dois livros foi a adoração do Miles e do Quentin pelas garotas. Apesar de existir um momento de conflito em relação a isso, tudo se resumia a elas. Eu não consegui sentir nenhuma empatia pela causa dos dois, ou entender a justificativa de tudo o que eles passaram.

A minha experiência com "A Culpa é das Estrelas" foi muito diferente, pois apesar de não ter lido o livro eu achei a história no filme fantástica, me emocionei muito. Eu acho que gerei uma expectativa muito grande em relação a esses livros, mas infelizmente não foi como eu imaginei. Espero que os filmes mostrem a história de uma maneira que consiga me tocar. A impressão que tive é de que faltou um tempero a mais nesses livros. Sei que sou minoria mas eu precisava falar.

É incrível como as opiniões podem ser tão diferentes em relação a mesma coisa. Ainda bem que temos um mundo recheado de autores, só é preciso achar aqueles que tocarão seu coração.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Leituras de maio.

Oi pessoal, hoje teremos as minhas leituras do mês de maio. Caso vocês queiram uma resenha de algum deles, que eu ainda não tenha feito, é só colocar nos comentários ok? Vamos lá então.

1- A Herdeira - Kiera Cass: eu confesso que li este livro em apenas uma tarde, mas foi mais pela expectativa toda que colocaram em cima dele. A história se repete com a filha de América e Maxon, deixando um pouco a desejar pela antipatia da personagem principal.

2- Dom Quixote - Miguel de Cervantes (adaptação de Origenes Lessa): já fiz resenha sobre este livro no blog (http://euamolivrosnovos.blogspot.com.br/2015/05/ha-um-dom-quixote-em-todos-nos.html), não deixe de conferir!

3- Flashback - Samuel Cardeal: uma distopia que se passa no Brasil, envolvendo viagem no tempo por meio de sonhos. Bem curtinho e rápido de se ler.

4- Refúgio - Harlan Coben: primeiro livro da série envolvendo Mickey Bolitar, ainda na adolescência, tendo que resolver o grande mistério do desaparecimento de sua namorada.

5- Pequeno Manual de Filosofia para Sobreviver a um Papo-cabeça - Sven Ortoli, Michel Eltchaninoff: quando peguei este livro achei que seria algo mais didático, um ensinamento sobre alguns pontos de filosofia básica, a fim de esclarecer o leitor e fazê-lo entender alguns conceitos. Mas acredite, a não ser que você tenha um doutorado no assunto, não será capaz de entender nada (estou neste time - risos).

6 - O Dom - James Patterson: juro que só estou lendo esta série pela teimosia de terminá-la, pois a cada livro percebo o quanto ela é ruim.

7- Dark House - Karina Halle: um livro para os amantes de suspense e um toque de terror. Uma aventura em um farol abandonado e amaldiçoado.

8- Convergente - Veronica Roth: finalmente terminei esta série, mas queria ter gostado mais do destino de todos os personagens. Se eu fizesse uma resenha sobre este livro, teria que ser com spoilers. Ok?

9- Nas Sombras - Jeri Smit-Ready: um YA (Young Adult) paranormal muito gostoso de se ler.

10- O Código Élfico - Leonel Caldela: também já fiz resenha sobre ele aqui no blog (http://euamolivrosnovos.blogspot.com.br/2015/05/loucura-loucura-loucura.html). 

11- Boneca de Ossos - Holly Black: este livro é bem infantil, mas é muito bonitinho e ao mesmo tempo bizarro em alguns aspectos.

Bom, deu para ver que este mês foi agitado né? Consegui ler muitas coisas, com uma variação de gênero muito grande. Acho isto ótimo, pois senão eu cairia numa ressaca literária daquelas. Até a próxima postagem!!!


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Loucura, loucura, loucura.

Se você está se perguntando porque coloquei este título na resenha de hoje, você terá errado a resposta ao pensar que sou fã de um certo apresentador por aí. A verdade é que "O Código Élfico" de Leonel Caldela é um livro muito complicado de se entender, porém com uma boa história de se ler.

São muitas as perspectivas abordadas nesta obra, mas todas giram em torno da história base, que pude compreender depois de umas 250 páginas (risos): a raça humana sempre foi escravizada pelos elfos, apesar de diversos portais para a terra élfica - Arcadia - terem se fechado. Diversos cultistas, adoradores da Rainha Titânia, pregam suas atrocidades, cultuando a beleza da forma mais vil imaginada. Mortes e destruição passam pelo caminho daqueles que não compactuam desta devoção, e pior, daqueles que zelam pela doutrina sanguinária também. Não há escapatória, apenas a vontade da Rainha da beleza é capaz de determinar o destino de todos, moldando o mundo a seu bel prazer.

É neste contexto muito louco que conhecemos a história de Nicole Manzini, uma garota que desde pequena se viu cercada de insensatez por toda parte. Antiga moradora da cidade de Santo Ossário, para qual todos acabam retornando, a menina viveu lendas urbanas, foi alvo de concursos de beleza desde pequena, viu a morte de perto várias vezes e, por pura sorte, acabou sobrevivendo a uma chacina em sua casa juntamente com seu pai, considerado extremamente perturbado e trancafiado em um manicômio judiciário.

Salomão Manzini, seu pai, era um dos adoradores do culto à Rainha, sendo conhecido como Estripador das Hortênsias, promovendo caçadas de pessoas necessárias aos sacrifícios em prol da beleza. Sua loucura era tanta que se auto intitulava "O Dragão", herói da Rainha, com sua máscara de ouro, cubo e espada, capaz de moldar o mundo e impor sua vontade contra o desejo dos outros.

Voltando, Nicole era abduzida desde criança por homens esqueléticos e quando retornava a Terra notava terem se passado horas ou dias desde o rapto. Não havia como se mover, falar, gritar. Apenas esperar a devolução de seu corpo para que continuasse seguindo sua vida. Eis que por ironia do destino ela acaba retornando a Santo Ossário e é aí que sua aventura infeliz se inicia de verdade.

Neste meio tempo conheceremos Emanuel Montague, novo cultista e adorador da Rainha desde a prisão de Salomão. Tão maníaco quanto o antigo, sua história é ainda mais macabra e engloba a vida de seu irmão Abel, considerado louco pela cidade inteira, que se veste com uma fantasia de elfo desde pequeno e insiste em acusar o irmão de diversas barbáries.

Conheceremos, também, o querido Felix Kowalski, que com certeza já superou o Rambo e muitos outros descarregadores de munição nos filmes de ação. E, finalmente, saberemos a história de Astarte, o príncipe dos elfos, e como sua vida foi capaz de conectá-lo com a saga de Nicole.

Acho que isto é tudo o que posso contar a vocês sem spoiler algum. Leonel Caldela escreveu um bom livro, mas se você se deixar levar pela confusão desta obra e pelo arrastar dos acontecimentos jamais saberá como ela termina. Já aviso que é um livro grande, então o coloque em sua meta de leitura e o saboreie um pouco a cada dia.

Até a próxima resenha!

terça-feira, 26 de maio de 2015

TAG: 10 Perguntas Literárias.

Oi pessoal, hoje é dia de TAG literária. A de hoje foi criada pela Ana Vitorino do blog "Como Respira?" (http://comorespira.blogspot.com.br/). Portanto, peço licença a esta querida leitora para responder suas perguntas. Vamos lá!!

1. Qual a capa mais bonita da sua estante?
Na minha estante a capa mais linda é a de "Cartas de Amor aos Mortos" da Ava Dellaira.

2. Se pudesse trazer um personagem para a realidade, qual seria?
Com certeza seria o Tyrion Lannister. Acho ele muito engraçado e quem sabe ele não teria melhores chances em nosso mundo, não é mesmo?

3. Se pudesse fazer uma entrevistar um autor(a), qual seria?
Eu entrevistaria a Colleen Hoover, autora de "Métrica". Amo a profundidade que ela consegue atingir em suas histórias, é maravilhoso.

4. Um livro que você não lerá de novo. Por quê?
Acho que a resposta irá surpreender, mas eu jamais leria outra vez "Incendeia-me" da Tahereh Mafi pois eu odiei este livro e o que a autora fez com os personagens.

5. Uma história confusa.
Eu ainda não terminei a leitura deste livro, mas precisei mais de 200 páginas para começar a entender alguma coisa de "O Código Élfico" do Leonel Caldela. Mas é um livro muito bom, até agora (risos).
6. Um casal.
Para mim, Kelsey e Ren de "A Maldição do Tigre". 

7. Dois vilões.
Primeiro: Ramsay Bolton, de "A Guerra dos Tronos", eu o odeio por tudo que já fez, é desprezível. Segundo: Sebastian, da série "Os instrumentos Mortais", ele é muito perverso.

8. Um personagem que você mataria (ou tiraria do livro).
Eu sei que você não vão gostar, mas eu mataria o Eragon. Eu não posso dizer o porquê senão darei spoilers.

9. Se você pudesse viver em um livro, qual seria?
Eu viveria no mundo da saga Acampamento Shadow Falls.

10. Qual o maior e menor livro que você tem?
Meu maior livro é "O Senhor dos Anéis" volume único, com 1202 páginas. E meu menor livro é: "A Breve Segunda Vida de Bree Tanner", com 191 páginas.

E aí gostaram das minhas respostas? Até a próxima.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

E-readers, ter ou não ter?

Hoje é dia de falar de uma relação complicada: amantes de livros x e-readers.


Talvez você já tenha aderido a esta nova maneira de ler, ou quem sabe está aí pensando se vale ou não a pena dispensar a alegria de possuir em mãos um bom e velho livro. 

Não importa em que situação você esteja, pois este post servirá para trabalhar esta questão de vários pontos de vista.

Para os amantes da literatura, não há sensação melhor do que sentir na pele as páginas de um livro. Porém, por mais agradável que seja acrescentar vários exemplares a sua estante, uma hora não há mais espaço, não é mesmo? Outra questão difícil é o fato de que muitas vezes estamos lendo uma obra deveras extensa e pesada, dificultando seu transporte para diversos lugares, seja em uma viagem ou dentro do ônibus a caminho do trabalho, do estágio, da faculdade, etc. 

É neste contexto que os e-readers se tornam uma "mão roda", permitindo a leitura de qualquer livro, independente de tamanho ou peso, pois estes dispositivos de leitura são extremamente leves e práticos para carregar, não importa o lugar.

Se você ainda não se sentiu incentivado, aí vai mais uma coisa boa a respeito deles: o valor dos livros diminui bastante, fazendo com que você possa comprar mais sem ocupar espaço (o "bolso" agradece). Ainda, para as compras online, não há necessidade de esperar o prazo do frete, basta que a obra esteja disponibilizada e pronto, já pode começar a devorar as páginas.

Eu sou uma amante dos livros, o nome do blog não me deixa mentir, mas faz tempo que desfruto do prazer de ler um e-book. Além de poder levar meu e-reader para qualquer lugar, até mesmo para as salas de espera de consultórios médicos, eu posso ler antes de dormir, com a luz apagada sem incomodar meu marido (que agradece - risos). Outro fator é que muitas vezes eu tenho vontade de ler alguma coisa, mas não faço questão de possuir o livro na minha estante e, sendo assim, o e-book é a melhor aposta.

É uma boa alternativa também para ajudar na preservação da natureza, isto se você quiser pensar por este lado. Por que não, né?

Caso você esteja curioso, meu e-reader é o Kindle paperwhite e eu estou gostando muito dele. Se você tiver um bom aparelho não vai ficar preocupado com nada além do valor sentimental que desenvolvemos ao ter um livro em mãos. Penso que este é o fator negativo desta nova "onda".

Também conheço pessoas que não querem nem tentar, já rechaçando a hipótese de cara, sem pensar duas vezes. Preconceito ou raízes? Talvez um pouco dos dois não é mesmo? Não que eu considere isto algo ruim, sou completamente capaz de compreender esta opção. Acho que eu não conseguiria imaginar minha vida sem um livro na minha estante de qualquer forma.

E você, já tem ou pensa em comprar um para você? Caso já tenha contato, o que achou da experiência?

terça-feira, 5 de maio de 2015

Há um Dom Quixote em todos nós.


Ah, senhores leitores. Que atire a primeira pedra aquele que nunca desejou ser parte de um grande livro. Ou talvez enamorar-se por algum personagem. 

Devanear-se com fantasias retiradas de inúmeras páginas, capítulos e letras, devoradas vorazmente para satisfazer os mais íntimos desejos de um leitor esperançoso por uma boa aventura.


Sei que vocês já pensaram desta maneira. Eu também. E é então que encontro em uma de minhas leituras, uma personagem como nós. Sim! 

Temos um amigo, um amigo-personagem, com as mesmas tormentas. Quem não se lembra de Dom Quixote de La Mancha, um auto entitulado cavaleiro de honra e glória imaginárias, escrito por Miguel de Cervantes?

Eu nunca havia lido Dom Quixote e confesso que conhecia pouca coisa desta obra. Com pouca coisa digo a expressão "lutar contra moinhos de vento" (risos). Sei que o livro é enorme, mas li a adaptação e gostei bastante. Nunca tive tanta dó de alguém como tive dele e de Sancho Pança. Foi muito difícil achar um capítulo sem que ele ou seu fiel escudeiro não estivessem apanhando ou sendo ridicularizados.

Dom Quixote era como nós, um leitor voraz. Adorava livros de cavalaria e passava muito tempo imaginando ser um dos grandes cavaleiros protetores dos fracos e oprimidos. Sua sede de histórias era tanta que o levou ao delírio. E então, acompanhado por Rocinante, seu velho cavalo magricela, e depois por Sancho Pança e seu burro, foi em busca de glórias e honrarias, em prol de seu amor pela inimaginavelmente bela Dulcinéia de Toboso, senhora de todo seu afeto.

A cada capítulo os dois amigos travam batalhas épica. Onde se vêem moinhos, há gigantes. Onde se vêem ovelhas, há exércitos cruéis e mais tudo o que a mente de um louco pode fabricar. E assim, com muito humor e imaginação são traçados os caminhos destes queridos lunáticos, fidalgo e escudeiro, até o fim desta jornada.

E você? Já quiz fazer parte de alguma história? Eu quero saber qual.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

TAG: Doenças Literárias.

Pessoal, para variar um pouquinho hoje farei para vocês uma TAG super bacana (mas com um tantinho de humor negro) que encontrei no site Beco Literário (www.becoliterario.com). A finalidade das diversas TAGs criadas por blogs, vlogs e sites afora é que vocês conheçam os interesses dos criadores destes mundos de entretenimento literário.

Por praxe no mundo virtual e real, deixo avisado que as opiniões aqui expostas são pessoais e unicamente relativas às minhas experiências de leitura, que com certeza variam muito de leitor para leitor. Como critério, vou colocar somente os livros que eu já li. Se você gostaria de ver outra TAG por aqui não deixe de comentar, ok? Vamos lá...

1. Diabetes: um livro muito doce.
Para mim, se existe um livro açucarado é Finding Cinderella da Colleen Hoover, que é basicamente um conto (novella) sobre dois personagens de Um Caso Perdido. Não se engane pelo encaixe na pergunta, eu amei o livro, só que ele é meloso demais e isto me cansa um pouco as vezes.

2. Catapora: um livro que você leu uma vez para nunca mais na vida.
Se tem um livro que eu tenho ódio desde minha adolescência é Macunaíma do Mario de Andrade. Eu basicamente ficava com cara de paisagem tentando entender alguma passagem desta história.

3. Influenza A: um livro contagioso.
Como o critério utilizado são os meus livros já lidos, diria que um livro que praticamente todo mundo leu é Se Eu Ficar da Gayle Forman (se este não fosse o critério eu tentaria colocar aqui um dos queridinhos de agora). Sim, eu faço parte deste time, mas não do time que achou este livro a sétima maravilha do mundo.

4. Insônia: um livro que você virou a noite lendo.
A maior lembrança de perder a noite toda com um livro certamente será dedicada a Harry Potter e a Pedra Filosofal da J. K. Rowling. Eu o li a muitos anos atrás, em apenas um dia ! Simplesmente não larguei até saber tudo o que aconteceria (claro que depois deste momento já o reli umas três vezes - risos).

5. Amnésia: um livro que você leu e não se lembra.
Eu sei que li há muito tempo, mas não faço a mínima ideia da história de Assassinato no Expresso do Oriente da Agatha Christie.

6. Asma: um livro que te tirou o fôlego.
Nada mais justo do que dizer A Guerra dos Tronos do George R. R. Martin. Eu diria ainda que a série toda, até então com cinco livros publicados, me fez perder o fôlego. Morria de medo a cada capítulo achando que todo mundo que eu gostava ia morrer (lição para você que vê a série também: não se apegue a ninguém - risos).

7. Má Nutrição: um livro que você esqueceu-se de comer para ler.
Mais uma vez a tia J. K. Rowling vai aparecer por aqui, pois eu não ingeri nem sequer água antes de terminar Harry Potter e as Relíquias da Morte.

8. Doença de Viagem: um livro que te lembre/você relacione com uma viagem.
Recentemente fiz uma viagem para o interior de São Paulo e pude reapreciar Memórias Póstumas de Brás Cubas do Machado de Assis. Foi ótimo, pois na primeira vez que o li no ensino médio tinha odiado, mas hoje com meus 27 aninhos percebo a falta de maturidade que possuía na época, que me fez ser incapaz de compreender as ironias do autor.

Espero que tenham gostado das minhas escolhas. Gostaria de saber se vocês fariam um seleção diferente e o porquê. Voltem sempre.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Desmistificando a vanguarda do "spin off".

Você sabe o que é "spin off"?


Ei você! Ávido leitor. 

Atualmente, no mundo da leitura é muito comum nos depararmos com o termo "spin off". Para quem fica um pouco confuso trata-se de uma obra derivada de outra(s), na qual alguma parte do texto original é enfatizado. Mantém-se assim o mesmo universo, porém com personagens diferentes ou retirados do livro que originalmente foi publicado. Isto geralmente ocorre com os best-sellers e grandes queridinhos do público, devido ao enorme sucesso.

É o caso, por exemplo, do livro "A Música do Silêncio", de Patrick Rothfuss, lançado a partir do mundo idealizado em "O Nome do Vento" e "O Temor do Sábio", do mesmo autor.

É claro que isto não acontece somente com a literatura, existem muitos filmes e séries de tv neste mesmo contexto. A exemplo, temos a mais nova série da Netflix, "Better Call Sall", derivada de "Breaking Bad". Mas deixemos os cinéfilos e companhia para lá e voltemos ao que interessa.

Se você acha que "spin off" é coisa nova está redondamente enganado. Fiz uma pesquisa em alguns sites sobre o assunto e alguns dizem que o primeiro caso deste fenômeno surgiu em 1941, outros citam a sua aplicação na área de tecnologia, programas de rádio, televisão, etc. 

Porém, meus caros, eis que eu, lendo "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis (1881), percebo que Brás é amigo de ninguém mais, ninguém menos que Quincas Borba, cujo livro foi escrito em 1891. Ou seja, um brasileiro foi precursor desta modalidade de novos lançamentos literários. Não que ele tenha sido o primeiro, mas um dos primeiros a utilizar este recurso.

Inclusive, ainda em Memórias Póstumas, Machado de Assis apresenta no final do livro um alienista, e em 1882 cria um conto entitulado "O Alienista". Deste último caso não tenho certeza se é ou não a mesma personagem, mas tudo indica que pode ser sim, dado a proximidade das duas publicações.

E você? Gosta de um "spin off"? 

Eu acho muito interessante. Diversas vezes encontro livros em que gostaria de saber mais sobre a história de determinada personagem e fico "a ver navios". É daí que surgem as famosas fan fics, onde os fãs escrevem suas versões para a trajetória de protagonistas e afins. Mas as fan fics também atuam para dar destino diverso a uma história tão querida, pois nem sempre ficamos felizes com os finais que são dados pelos autores, não é mesmo?

Compartilhem comigo qual o seu "spin off" favorito e qual gostaria de ver logo logo. Abraços e voltem sempre!!

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Vamos falar sobre bullying?

Em primeiro lugar, gostaria de confessar que a coisa mais difícil de acontecer comigo é dar cinco estrelas a um livro, quanto mais considerá-lo como um dos meus favoritos (sabe aqueles livros queridos "da vida"?).

Pois bem, saibam que vocês estão diante desta raridade, pois, meus amigos, Jennifer Brown arrasou meu coração ao escrever o icônico "A Lista Negra". E se vocês estão se perguntando se eu chorei muito com esta obra, vocês estão mais do que certos.

O livro conta a história de Valerie, mais conhecida como Val, e sua complicada trajetória pelo colégio Garvin. Ela era namorada de Nick, um garoto aparentemente doce e carinhoso, mas que escondia dentro de si um ódio sem tamanho em função do bullying que os dois sofriam diariamente na escola.

Val acaba desabafando todos os dias com o namorado e mostrando a ele sua lista negra, contendo o nome de todas as pessoas que ela odiava. Nick demonstrava a mesma raiva e, sem que a garota percebesse a veracidade de suas palavras, conversava com ela sobre como seria bom se todas aquelas pessoas sumissem e recebessem o que mereciam por atormentá-los todos os dias.

Numa manhã aparentemente calma, Val acaba tendo seu MP3 player quebrado por um das garotas que odiava e se queixa com Nick, que promete resolver o problema.  Instantes após o ocorrido, enquanto estavam na praça de alimentação do colégio, ele segue em direção à menina que quebrou o aparelho de sua namorada, saca uma arma, atira nela e termina cometendo um massacre contra todos aqueles nomeados na lista negra e, também, outros que nada tinham a ver com aquela situação.

Por uns instantes Val fica sem entender o que está acontecendo e, quando percebe o horror diante de seus olhos, corre atrás de Nick a fim de impedi-lo. Ela acaba levando um tiro na perna e perde a consciência.

Val é uma personagem que precisará exorcizar seus demônios interiores e tentar superar diversas dificuldades. Ela não era só a namorada do cara que matou seus colegas, mas também a idealizadora da lista negra, tornando-a uma suspeita de fazer parte crime. A vida de todos ao seu redor muda. Família, amigos e desconhecidos talvez não estejam mais dispostos a dar-lhe um voto de confiança.

Se vocês já perderam o fôlego só com esta breve narrativa, não imaginam como a autora deste livro pode ser incrível. Ela foi capaz de tratar de um tema comum de maneira extremamente delicada e com uma profundidade imensa.

Eu jamais havia lido nada sobre o assunto, mas com certeza romancear este problema foi uma boa maneira de tratar o conteúdo. Faz com que você se sinta na pele da personagem e sinta suas alegrias, angustias, frustrações e medos. Te mostra como é estar numa situação na qual você não tem "para onde correr", senão enfrentar seus problemas ou sucumbir às mazelas da vida.

"A Lista Negra"merece estar entre suas leituras. Portanto, assim que você tiver a oportunidade, se agarre nesta história e conheça o brilhantismo de Jennifer Brown.

Espero que tenham gostado e voltem sempre!!

terça-feira, 7 de abril de 2015

Sagas terminadas: o outro lado da moeda.

Algum crédito eu ainda tenho, certo?


Oi gente, bem vindos de volta a mais um discussão aqui no blog. 

Hoje farei uma resposta a meu post anterior sobre sagas inacabadas para mostrar a vocês que eu, embora esteja com muita leitura em aberto, também consegui a proeza de terminar diversas séries.

Vamos lá? Vou colocar apenas o nome do primeiro livro de cada série senão o post vai ficar imenso. Eis as minhas sagas acabadas (ufa):

1- As Crônicas de Nárnia - C. S. Lewis --------- 7 volumes

2- A Maldição do Tigre - Colleen Houck --------- 4 volumes

3- A Seleção - Kiera Cass (eu sei que tem um quarto livro, mas não é parte desta mesma história) --------- 3 volumes

4- Crepúsculo - Stephanie Meyer --------- 4 volumes

5- Eragon - Christopher Paolini (até hoje quero matar esse autor pelo final) --------- 4 volumes

6- Estilhaça-me - Tahereh Mafi (pior final da vida, na minha opinião) --------- 3 volumes

7- Harry Potter - J. K. Rowling (acho que já li duas vezes de tanto que a amo) --------- 7 volumes

8- Hush Hush - Becca Fitzpatrick --------- 4 volumes

9- Jogos Vorazes - Suzanne Collins --------- 3 volumes

10- Nascida à Meia-Noite - C. C. Hunter --------- 5 volumes
 
11- O Ladrão de Raios (Percy Jackson) - Rick Riordan (queridinho) --------- 5 volumes

12 -Pirâmide Vermelha (As Crônicas dos Kane)- Rick Riordan --------- 3 volumes

13- Trocada (Série Trylle) - Amanda Hocking --------- 3 volumes


Bom, então é isso pessoal. Espero que tenham gostado do post e continuem seguindo o blog. Aceito sugestões de temas para as próximas discussões, ok?

Voltem sempre!!

terça-feira, 31 de março de 2015

Mocinho ou vilão? Que confusão!

Hoje nós iremos conversar sobre um livro que tem "feito a cabeça" de muitos leitores e já virou um sucesso.

Infelizmente a tradução da obra de Mary E. Pearson ainda não chegou ao Brasil, resta adquirí-la em inglês mesmo. Mas não fiquem de coração apertado, pois tenho certeza de que logo logo alguma editora irá comprar os direitos sobre essa saga (ainda não encontrei informações acerca disto). Enfim, vamos ao que interessa!

Em primeiro lugar, quero confessar que gerei uma expectativa tremenda quando li algumas resenhas e vi alguns vídeos de booktubers acerca deste livro. Muito se falou sobre grandes "plot twists", reviravoltas, e foi neste contexto que comecei a leitura.

"The Kiss of Deception" conta a história da princesa Arabella, ou Lia, como geralmente é chamada, iniciando-se na iminência de seu casamento arranjado. 

Com receio de ter que se casar com alguém que ela jamais viu na vida, decide fugir com sua amiga Pauline para a cidade de Terravin, onde sua parceira de fuga viveu antes de morar na corte de Civica.

Tudo ocorre como planejado e as meninas passam a trabalhar em uma espécie de taverna/estalagem ajudando Berdi, a dona do estabelecimento, e Gwyneth, outra funcionária do local.

Durante o decorrer do livro a autora nos apresenta a dois personagens, Kaden e Rafe. Ao mesmo tempo alguns capítulos se passam nomeando um ou outro de príncipe ou assassino, e eu juro que até o meio do livro eu troquei tudo, certa de quem era quem. Óbvio que não vou deixar nenhuma pista para vocês, pois esta é uma das coisas que te fazem ficar de boca aberta!

Enfim, os dois são enviados atrás de Lia, sendo um o príncipe com o qual ela deveria ter se casado e o outro um assassino dos Venda, local onde vivem os "bárbaros", para "dar cabo" da jovem princesa.

Ambos encontram os rastros da fugitiva e passam a se hospedar na estalagem de Berdi, e aí começa a confusão toda. Eles passam um verão inteiro interagindo e fazendo amizade com Lia que acaba, obviamente, achando os dois atraentes e se derretendo pelos cantos.

O problema é: você não sabe por quem ela tem uma queda mas e não sabe qual dos dois é o assassino.

Terminei o livro em poucos dias, mas confesso que gostei mesmo do meio para o final, pois o início achei um pouco monótono demais. Sim, eu sei que é preciso conhecer e se envolver com os personagens, concordo, mas eu custei a aceitar a Lia do começo.

Mas garanto que quase chorei ao final deste primeiro volume, e com certeza espero ansiosa pelo próximo livro que se chama "The Heart of Betrayal" e que sai este ano de 2015.

Acho que o final todo atendeu minha grande expectativa, e fiquei aliviada em saber que de fato era uma boa trama para ser acompanhada (ainda mais eu que tenho mil sagas em aberto, risos).

Espero que tenham gostado da resenha e que continuem acompanhando o blog. Já aviso que fiz uma TBR gigantesca, e terei muita história para contar por aqui. Voltem sempre!!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sagas: um problema eterno.

Mil sagas para terminar


Hoje o post será um pouco diferente. Nada de resenhas ou avaliações sobre algum livro que li nesses últimos tempos.

Estou aqui para apresentar um problema corrente entre os leitores mundo a fora: as sagas não terminadas.

Sim, eu sei que você se arrepiou ao ler isto, mas acredite, estou com vocês! E como forma de conforto, ou não, vou listar o tamanho do meu problema com este tópico nefasto. 

Eu não tenho nada a dizer em minha defesa, pois tenho uma mania incontrolável de iniciar sagas. Não sei o que me ocorre, fico curiosa quando vejo tantas pessoas comentando sobre o livro X, Y e caio na tentação. O resultado você confere abaixo.

P.S.: Os livros sublinhados são as séries em andamento. Espero encontrar mais pessoas como eu (risos), me conte sobre o seu dilema. 


  1. Abandono - Meg Cabot
  2. Anjo Mecânico - Cassandra Clare (li os dois primeiros)
  3. Asas - Aprilynne Pike (li os dois primeiros)
  4. A Caçada - Andrew Fukuda
  5. A Mão Esquerda de Deus - Paul Hoffman
  6. A Mediadora - Meg Cabot (vergonha, só falta o último)
  7. A Viajante do Tempo - Diana Gabaldon
  8. A 5a Onda - Rick Yancey
  9. Beijada por um anjo - Elizabeth Chandler
  10. Bruxos e Bruxas - James Patterson
  11. Calafrio - Maggie Stiefvater
  12. Caminhos de Sangue - Moira Young (li os dois primeiros)
  13. Coração de Tinta - Cornelia Funke
  14. Dead Until Dark - Charlaine Harris
  15. Delírio - Lauren Oliver
  16. Destino - Ally Condie
  17. Die For Me - Amy Plum
  18. Divergente - Veronica Roth (li os dois primeiros)
  19. Enfeitiçadas - Jessica Spotswood
  20. Etérios, o Despertar - Lilia Uzêda (ainda não saíram os outros, tenho um álibi)
  21. Eva - Anna Carey
  22. Fallen - Lauren Kate
  23. Filha da Tempestade - Richelle Mead
  24. Gregor, o Guerreiro da Suerfície - Suzanne Collins
  25. Guerra dos Tronos - George R. R. Martin (culpa dele que não lançou o resto, estou em dia)
  26. Halo - Alexandra Adornetto (odeio esse livro)
  27. Invocação - Kelley Armstrong
  28. Julieta Imortal - Stacey Jay
  29. Mago: Aprendiz - Raymond E. Feist
  30. Marcada - P. C. Cast (essa saga é gigante)
  31. Maze Runner - James Dashner (só li até o segundo, mas foi recentemente)
  32. Métrica - Colleen Hoover (li os dois primeiros)
  33. Minha Alma para Levar - Rachel Vincent
  34. Noite Eterna - Claudia Gray
  35. Os Instrumentos Mortais - Cassandra Clare (vergonha, só falta o último)
  36. Os Forasteiros - Michelle Paver
  37. Os Heróis do Olimpo - Rick Riordan (vergonha, só falta o último)
  38. O Doador de Memórias - Lois Lowry
  39. O Duque e Eu - Julian Quinn (li os dois primeiros)
  40. O Guia de Campo, As Crônicas de Spiderwick - Holly Black, Tony Di Terlizzi 
  41. O Mistério do Chocolate - Joanna Fluke 
  42. O Nome do Vento - Patrick Hothfuss
  43. O Pistoleiro, A Torre Negra I - Stephen King (li os dois primeiros)
  44. O Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien
  45. Para Sempre - Alysson Noel 
  46. Perdida - Carina Rissi
  47. Rangers, Ordem dos Arqueiros - John Flanagan (já li uns seis livros, mas não acaba nunca)
  48. Reiniciados - Teri Terry
  49. Se eu Ficar - Gayle Forman
  50. The Vampire Diaries - L. J. Smith (só li os dois primeiros)
  51. Trilogia Millennium - Stieg Larsson
  52. Trocada - Amanda Hocking (li os dois primeiros)
  53. Vampiratas - Justin Somper (só li os dois primeiros)
  54. Wake, Despertar - Lisa McMann (nem sei se quero ler mais porque odiei o primeiro)


TO FERRADA NÉ GENTE?! (RISOS)